Spotify intensifica medidas contra músicas geradas por IA e ‘músicas spam’

Spotify lança sistema para identificar e combater ‘músicas spam’ que geram royalties fraudulentos.

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(Imagem de reprodução da internet).

Spotify Reforça Regras para Músicas Geradas por Inteligência Artificial

O Spotify anunciou medidas mais rigorosas para músicas criadas por inteligência artificial, visando combater fraudes e garantir a transparência na plataforma. Charlie Hellman, vice-presidente e chefe de produto musical da empresa, e Sam Duboff, responsável pela política regulatória, detalharam as novas diretrizes.

Agora, o serviço identificará “músicas spam”, como são chamadas faixas sem qualidade criadas apenas para gerar royalties de forma fraudulenta. A plataforma também rotulará canções geradas por IA e impedirá a reprodução de vozes de artistas sem autorização. A problemática já existia, com discussões se intensificando devido ao avanço da inteligência artificial, como apontado por especialistas do Estadão no mês passado.

A iniciativa surge em um momento de grande destaque para a The Velvet Sundown, uma banda fictícia que ascendeu rapidamente no Spotify, gerando mistério sobre sua origem. Apesar de “Dust in the Wind”, sua canção mais popular, acumular 3 milhões de reproduções, a banda não teve suas músicas removidas do catálogo, em parte devido à transparência na descrição da sua origem como gerada por IA.

O tema ganhou ainda mais destaque com a ascensão de Tocanna, uma “cantora” gerada por inteligência artificial, inspirada em um tucano e que viralizou no TikTok com a música “São Paulo”. A situação reacendeu o debate sobre a ética e a transparência no uso da IA na música, com o rapper Jay-Z pedindo a remoção da música das plataformas.

Para garantir a conformidade, o Spotify implementará três atualizações principais:

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A situação da The Velvet Sundown exemplifica a importância da transparência. A banda, apesar de sua ascensão repentina, não teve suas músicas removidas devido à sua descrição clara sobre a origem gerada por IA. Charlie e Sam afirmaram que não pretendem remover as músicas do catálogo, e a transparência da banda foi um fator importante na decisão.

A situação também se conecta com o caso de Tocanna, cuja descrição, apesar de paródica, mencionava a artista como a primeira cantora de origem animal a ser indicada ao Grammy.

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