Spotify endurece regras e combate músicas geradas por IA; veja as mudanças

Spotify lança sistema para identificar e combater ‘músicas spam’ que geram royalties fraudulentos.

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Spotify Reforça Regras para Músicas Geradas por Inteligência Artificial

O Spotify anunciou medidas mais rigorosas para músicas criadas por inteligência artificial, buscando combater fraudes e garantir a transparência na plataforma. Charlie Hellman, vice-presidente e chefe de produto musical da empresa, e Sam Duboff, responsável pela política regulatória, detalharam as novas diretrizes.

Agora, o serviço identificará “músicas spam“, como são chamadas faixas sem qualidade criadas apenas para gerar royalties de forma fraudulenta. A plataforma também rotulará canções geradas por IA e impedirá a recriação de vozes de artistas sem autorização. A problemática já existia, com discussões se intensificando devido à sofisticação da inteligência artificial. No mês passado, o Estadão conversou com especialistas sobre o avanço da ferramenta e como músicas artificialmente criadas poderiam agradar ao cérebro por meio de padrões repetitivos. O Spotify não tinha recursos para indicar músicas feitas por IA, optando por não participar da reportagem.

Novas Medidas para Combater Fraudes e Garantir Transparência

As principais atualizações na plataforma incluem:

Casos Notáveis e o Debate em Curso

A situação se torna ainda mais complexa com casos como a banda fictícia The Velvet Sundown, que ascendeu repentinamente com músicas geradas por IA. Apesar das críticas, a canção “Dust in the Wind” acumulou 3 milhões de reproduções. Charlie e Sam afirmaram que refletiram sobre a situação da banda e não deram indícios de que pretendem remover as músicas do catálogo do streaming, devido à descrição clara da banda como gerada por IA na bio do Spotify. Se grupos usarem IA de forma autêntica e transparente, isso é aceitável, mas se alguém não creditar o conteúdo como IA, isso é uma questão diferente.

Além disso, o caso da “cantora” Tocanna, gerada por inteligência artificial, gerou grande repercussão nas redes sociais. A “artista” fictícia, inspirada em um tucano, viralizou com a música “São Paulo”, que faz uma paródia explícita de “Empire State Of Mind”. Após o caso, o criador publicou um “pronunciamento” de Tocanna no Instagram, destacando que a “cantora” foi a primeira cantora de origem animal a ser indicada ao Grammy e a primeira a assumir o cargo de embaixadora da ONU.

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