Ministério da Saúde confirma 225 intoxicações por metanol após consumo de destilados no Brasil.
O governo de São Paulo intensificou a fiscalização de gráficas suspeitas de imprimir rótulos falsos para bebidas adulteradas. O objetivo é identificar a rede responsável pela manipulação dos produtos. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou: “Vamos em cima da gráfica que foi contratada para imprimir o rótulo. Ninguém recebe encomenda sem pensar que será usada para falsificação. Vamos para cima de quem recebe esses pedidos suspeitos”, durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira (6).
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De acordo com a gestão estadual, nas últimas semanas, 20 suspeitos de envolvimento na manipulação de bebidas foram presos. Essa é a metade das 41 prisões de suspeitos de adulterar bebidas feitas desde o início do ano. “Estamos prendendo os suspeitos para fazer a qualificação, ver outros crimes que eles podem ter cometido. As pessoas presas não têm relação entre si. Dentro da cidade, elas não têm relação entre si”, disse o governador.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, mencionou que a lavagem dos vasilhames com metanol não é descartada, mas a principal linha de investigação é o uso intencional do metanol para adulterar as bebidas, aumentando o conteúdo dos vasilhames. O estado de São Paulo continua com 11 estabelecimentos interditados. São colhidas amostras de bebidas suspeitas de contaminação por metanol, que são analisadas posteriormente pela Polícia Científica. Até lá, os locais podem ser interditados por questões sanitárias, como falta de higiene no local e problemas no armazenamento de alimentos.
As autoridades orientam a população sobre a importância de não consumir produtos falsificados e de procurar ajuda médica, caso apresente sintomas. A intoxicação por metanol é grave, pode levar à cegueira permanente e até à morte. O Ministério da Saúde distribuiu etanol farmacêutico, antídoto utilizado no tratamento de pacientes intoxicados por metanol, aos estados que formalizaram pedido de reforço de estoque.
Denúncias sobre possíveis irregularidades e suspeitas a respeito de bebidas adulteradas podem ser enviadas pelo Disque Denúncia 181 ou pelo site da Polícia Civil de São Paulo. O Procon-SP também recebe denúncias pelo Disque 151 e pelo site, onde o consumidor também encontra informações sobre como realizar a queixa. O número 0800 642 9782 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está disponível para esclarecer dúvidas da população, profissionais e comerciantes sobre intoxicações e procedimentos.
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Consumidores são aconselhados a procurar estabelecimentos conhecidos ou dos quais tenham referência; desconfiar de preços muito baixos; observar a apresentação das embalagens e o aspecto do produto; e, ao notar alguma diferença, não fazer testes caseiros como cheirar, provar ou tentar queimar a bebida. É fundamental ficar atento a sintomas após o consumo: visão turva, dor de cabeça intensa, náusea, tontura ou rebaixamento do nível de consciência, o que pode indicar intoxicação por metanol ou por bebida adulterada. Em caso de qualquer sintoma suspeito, o consumidor deve procurar urgência médica sem demora e exigir sempre a nota fiscal ou comprovação de origem.
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