Soldado Confessa Feminicídio e Incêndio no Distrito Federal
A Justiça Militar da União determinou a prisão preventiva do soldado Kelvin Barros da Silva, acusado de feminicídio e outros crimes relacionados ao assassinato da cabo Maria de Lourdes Freire Matos, ocorrido no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, no Distrito Federal.
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O militar confessou ter cometido os atos, que incluem incêndio, furto de arma de fogo e fraude processual. A pena máxima que ele pode receber é de 44 anos de prisão.
Requerimento do Ministério Público Militar
O Ministério Público Militar solicitou a conversão da prisão preventiva, justificando a gravidade dos delitos e o risco que a liberdade do investigado representaria para a ordem pública, a disciplina e a hierarquia militar. A decisão foi baseada em fortes indícios de materialidade e autoria, corroborados pela confissão do soldado.
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Decisão do Juiz e Precedentes
O juiz Frederico Veras considerou que a liberdade provisória de Kelvin Barros da Silva colocaria em risco a investigação e afrontaria a hierarquia militar. Ele citou precedentes do STM (Superior Tribunal Militar) que autorizam a prisão preventiva em casos de extrema gravidade.
O magistrado também determinou a inclusão do mandado no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões e comunicou o Tribunal do Júri do Distrito Federal sobre a competência da Justiça Militar da União para conduzir o caso.
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Confissão e Versão dos Fatos
Segundo o depoimento de Kelvin Barros da Silva, a discussão que levou ao crime foi motivada por “cobranças” da vítima, que supostamente queria que ele encerrasse seu relacionamento com namorada. Ele relatou que a cabo sacou sua arma de fogo, mas que ele conseguiu desviar a pistola e, com a outra mão, alcançou uma faca que estava na cintura dela, desferindo um golpe fatal.
Posteriormente, ele ateou fogo no espaço, provocando um incêndio que carbonizou o corpo de Maria de Lourdes.
Tentativa de Fraude Processual
Em sua versão, Kelvin Barros da Silva tentou dificultar o trabalho pericial e furtou a arma da vítima para evitar a coleta de impressões digitais. O Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar o incêndio. Após debelar as chamas, os bombeiros encontraram o corpo carbonizado.
A prisão de Kelvin Barros da Silva ocorreu em sua casa, no Paranoá.
