Sindicato cobra Angra 3 em orçamento de 2026; diretor critica inércia

Diretor critica inércia e propõe medidas para acelerar usina nuclear Angra 3. Leia na íntegra no Poder360.

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(Imagem de reprodução da internet).

Diretor do Stiepar Apresenta Pedidos ao Governo Federal Sobre Angra 3

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica nos municípios de Paraty e Angra dos Reis, Augusto Emílio, formalizou três pedidos ao governo federal na terça-feira, 21 de outubro de 2025, em relação à continuidade das obras da usina nuclear Angra 3.

As propostas incluem a inclusão dos recursos necessários para a retomada no orçamento de 2026, visando garantir a continuidade do projeto e evitar o desperdício estimado em R$ 1 bilhão por ano, decorrente da manutenção de canteiros de obras paralisados. Emílio ressaltou a inaceitabilidade do cenário atual, caracterizado pelo consumo de dinheiro público em função da inércia.

Adicionalmente, o diretor solicitou a criação de um Conselho Gestor do Programa Nuclear Brasileiro, com a participação efetiva de especialistas técnicos nas negociações, e a implementação de um “programa emergencial” de retenção de talentos, para evitar a migração de profissionais brasileiros.

A construção da usina Angra 3 iniciou-se na década de 1980, mas enfrentou interrupções ao longo dos anos. Em 2022, a Eletronuclear retomou formalmente a obra, com um investimento estimado em R$ 20 bilhões. A retomada foi suspensa em 2023 devido a disputas entre a estatal e a prefeitura de Angra dos Reis, envolvendo questões de licenciamento e compensações ambientais.

Emílio expressou otimismo com a possível participação de grupos econômicos nas negociações, destacando que a atualização dos estudos de viabilidade e a entrada do grupo J&F trazem “esperança” e inauguram uma fase de investimento. Ele enfatizou que mais de 3.000 funcionários, responsáveis pelo bom desempenho das usinas Angra 1 e Angra 2, podem contribuir para o sucesso da Angra 3.

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A decisão final sobre o futuro da obra cabe ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que em 1º de outubro determinou a atualização dos estudos pela Eletronuclear e pelo BNDES, para avaliar as opções de conclusão, abandono ou continuidade com modelo privado-público.

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