O secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, Simon Stiell, comunicou formalmente ao governo brasileiro, especificamente ao chefe de gabinete de Rui Costa, André Corrêa do Lago, e ao presidente da COP30, preocupações sobre a segurança durante o evento.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A comunicação, datada de quarta-feira, 12 de novembro de 2025, detalhou falhas de segurança observadas.
Invasão e Falta de Intervenção
A carta ressaltou uma invasão ocorrida na terça-feira, 11 de novembro de 2025, quando cerca de 150 ativistas acessaram o local do evento. Stiell criticou a resposta das autoridades policiais, que, segundo ele, não dispersaram os manifestantes dentro de uma área designada para protestos, conforme instruções do governo brasileiro.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Problemas Técnicos e Condições Inadequadas
Além da invasão, a comunicação apontou diversos problemas técnicos e condições precárias. Estes incluíram a falta de segurança em portas, um efetivo de segurança insuficiente e a ausência de garantias de resposta das autoridades federais e estaduais a invasões.
A carta também mencionou condições climáticas desafiadoras, como altas temperaturas e ar-condicionado inadequado, gerando preocupação com o bem-estar dos participantes.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
LEIA TAMBÉM!
Riscos à Segurança e Condições Climáticas
Stiell expressou preocupação com casos de problemas de saúde relacionados ao calor, devido a sistemas de ar-condicionado inoperantes. A situação climática em Belém, com fortes chuvas que causaram alagamentos em áreas como “tetos e luminárias”, também levantou riscos à segurança devido à exposição à eletricidade.
A comunicação enfatizou a necessidade imediata de intervenção para garantir a segurança dos delegados e da equipe.
Desafios Logísticos e Impacto na Cúpula
A carta mencionou, em segundo plano, as dificuldades logísticas enfrentadas antes da COP30, como a falta de acomodações acessíveis em Belém, o que gerou preocupações sobre a participação de países menores e em desenvolvimento. A sede do evento na orla da Amazônia, com seus desafios de infraestrutura, também foi mencionada.