Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Federal Rural (PRF), tentou deixar o Paraguai utilizando um passaporte paraguaio original, porém com uma identidade falsa. O incidente ocorreu no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai.
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Segundo informações, o diretor da PRF, Silvinei, buscava embarcar para El Salvador.
Contexto da Condenação
A tentativa de fuga ocorre pouco tempo após a condenação do ex-diretor pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 24 anos de prisão por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado. Silvinei Vasques, 50 anos, natural de Ivaiporã (PR), possui uma longa carreira na PRF, iniciada em 1995.
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Trajetória e Cargos
Com formação acadêmica diversificada – incluindo graduação em Economia, Direito, Segurança Pública e Administração, além de doutorado em Direito – Vasques ocupou cargos de chefia regional, como superintendente em Santa Catarina e em outras localidades.
Ele alcançou o posto máximo de diretor-geral da PRF em abril de 2021, durante o governo do Partido Liberal (PL).
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Afastamento e Retorno à Vida Pública
Silvinei Vasques se aposentou em dezembro de 2022, aos 47 anos, com proventos integrais. Posteriormente, retornou à vida pública como Secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação da prefeitura de São José (SC), cargo que deixou recentemente, dias antes de sua recente condenação pelo STF.
Investigações e Condenações
A trajetória de Vasques foi marcada por investigações relacionadas às eleições de 2022 e aos atos antidemocráticos subsequentes. Acusações incluíam o uso da PRF para interferir no segundo turno das eleições presidenciais, com operações de fiscalização (blitzes) na região Nordeste.
Em agosto de 2023, foi preso preventivamente na “Operação Constituição Cidadã”. Após um ano detido, foi solto em agosto de 2024 por ordem do ministro.
Condenação por Improbidade Administrativa
Em agosto de 2025, o TRF-2 condenou Vasques por improbidade administrativa, devido ao uso do cargo para pedir votos a Bolsonaro em redes sociais e eventos oficiais, impondo uma multa superior a R$ 500 mil e suspensão dos direitos políticos. A recente condenação pelo STF a 24 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, motivou a tentativa de fuga do país.
