O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, foi preso na quinta-feira, 18, no Aeroporto Internacional de Assunção, no Paraguai. A detenção ocorreu após tentar fugir do Brasil, em meio a acusações de participação em uma tentativa de golpe de Estado.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A prisão foi resultado de diversas violações, incluindo a tentativa de fuga internacional e a quebra da tornozeleira eletrônica imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ação ocorreu dez dias após o incidente inicial.
O plano de fuga começou na noite de 24 de dezembro, véspera de Natal. Câmeras de segurança registraram a saída de Silvinei de seu apartamento em São José, carregando um carro alugado. O veículo transportava itens incomuns, como sacos de ração, tapete higiênico e um cachorro pitbull, além de bolsas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A tornozeleira eletrônica deixou de funcionar devido à falta de bateria, permitindo que Silvinei escapasse de vigilância. A descoberta da fuga ocorreu horas depois, quando agentes da Polícia Penal e da Polícia Federal foram informados da ausência do ex-diretor em seu endereço.
Ao tentar embarcar para El Salvador, Silvinei Vasques apresentava um passaporte paraguaio adulterado, com foto e dados de outra pessoa. A biometria não correspondia aos dados do portador, levando à sua detenção no setor de imigração do aeroporto.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
LEIA TAMBÉM!
As autoridades paraguaias, após a identificação da tentativa de fuga, notificaram as autoridades brasileiras. Silvinei foi expulso do país por ingresso irregular e entregue ao Brasil.
Silvinei Vasques havia sido preso em agosto de 2023 por ordenar bloqueios da PRF no segundo turno das eleições de 2022. Após sua soltura em agosto de 2024, o STF substituiu a prisão por medidas cautelares, incluindo tornozeleira eletrônica e cancelamento de passaportes.
A tentativa de fuga levou o Supremo a restabelecer a prisão preventiva do ex-diretor da PRF.
Silvinei Vasques ingressou na PRF em 1995 e construiu uma carreira de 27 anos na corporação, chegando ao cargo máximo durante o governo Bolsonaro. Ele se aposentou voluntariamente em dezembro de 2022, com salário integral.
