Silvinei Vasques detido no Paraguai após tentar fuga com passaporte falso

Silvinei Vasques é preso no Paraguai após tentar fugir com passaporte falso e violar tornozeleira eletrônica. Investigações buscam fraude em eleições de 2022.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

A prisão de Silvinei Vasques, ocorrida na madrugada desta sexta-feira (26) em Assunção, no Paraguai, representa o encerramento de um processo judicial complexo, intensificado ao longo de 2025. O ex-diretor foi detido ao tentar embarcar para El Salvador utilizando um passaporte paraguaio pertencente a outra pessoa, após violar a tornozeleira eletrônica que o prendia.

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A tentativa de fuga é o elemento mais recente da situação legal do investigado.

Principais Acusações

A situação de Silvinei Vasques é marcada por diversas irregularidades. A principal acusação se refere à possível interferência do efetivo da PRF no processo eleitoral de 2022. A investigação preliminar, conduzida pela Polícia Federal, busca determinar se a PRF foi utilizada para influenciar o resultado das eleições presidenciais, especificamente no segundo turno, onde Luiz Inácio da Silva era candidato.

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A investigação aponta para o direcionamento de recursos e o aumento desproporcional de fiscalizações em operações de blitz no Nordeste, em 30 de outubro de 2022. A hipótese é que essas ações visavam dificultar o acesso de eleitores a locais de votação, em regiões onde o candidato mencionado possuía maior apoio.

Descumprimento de Ordem Judicial

Adicionalmente, a situação de Silvinei Vasques envolve o descumprimento de uma ordem judicial. O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a suspensão de qualquer operação da PRF que pudesse bloquear o transporte de eleitores no dia do segundo turno das eleições.

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Apesar dessa determinação, as operações de fiscalização continuaram a ocorrer durante o período de votação, e Silvinei foi notificado para prestar esclarecimentos ao TSE no mesmo dia.

Investigações Criminais e Administrativas

As investigações abrangem tanto o âmbito criminal quanto o administrativo. No inquérito policial, as condutas de Vasques e de outros membros da cúpula da PRF estão sendo consideradas como prevaricação (retardar ou impedir o cumprimento de um dever legal para satisfazer interesses pessoais), violência política (restringir o exercício de direitos políticos) e impedimento ao sufrágio (embaraçar o exercício do voto).

Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) move ações de improbidade administrativa contra Vasques, acusando-o de utilizar o cargo e os símbolos da instituição para fazer campanha eleitoral. A publicação de uma imagem com a bandeira do Brasil e um pedido de voto para o candidato mencionado em suas redes sociais pessoais, na véspera do segundo turno, foi posteriormente apagada.

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