Silvinei Vasques se defende no STF e nega ordem para dificultar eleições de 2022. A defesa critica investigação da PF e busca restauração da imagem.
A defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), argumenta que ele não ordenou ações para dificultar o processo eleitoral de 2022. Em sua sustentação oral perante a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Eduardo Pedro Nostrani afirmou que Silvinei foi alvo de uma “tempestade midiática” e que suas orientações aos subordinados nunca envolveram a obstrução do traslado de eleitores do Partido dos Trabalhadores (PT).
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Segundo a defesa, as operações da PRF foram fundamentadas em dados técnicos, que consideravam variáveis como acidentes, o fluxo de veículos e o fluxo de pessoas. Nostrani enfatizou que Silvinei cumpriu as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Justiça para garantir a segurança do processo eleitoral, seguindo as orientações das superintendências regionais da PRF.
O advogado de Silvinei criticou a investigação da Polícia Federal (PF), alegando que a corporação foi tratada como um “cachorro”. Nostrani ressaltou que a investigação não buscou informações dos agentes da PRF.
Nostrani expressou confiança de que o STF restauraria a imagem de Silvinei. Ao final da manifestação da defesa, os ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia informaram que, no domingo do segundo turno, em 30 de outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não foi procurado pela PRF, conforme defendido pelo advogado.
Moraes determinou o fim imediato dos bloqueios.
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A Procuradoria Geral da República (PGR) acusou Silvinei Vasques e outros envolvidos de terem atuado para manter o então presidente (PL) no poder após a derrota eleitoral. A acusação afirma que os réus utilizaram cargos públicos para executar ações coordenadas, desde a redação da “minuta do golpe” até o planejamento de atos violentos e iniciativas para interferir no processo eleitoral.
A denúncia inclui o envolvimento de figuras como Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal; Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor internacional da Presidência; Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência; Marília Ferreira de Alencar, delegada e ex-diretora de Inteligência da Polícia Federal; Mário Fernandes, general da reserva do Exército; e Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal.
A acusação destaca a atuação da PRF no segundo turno das eleições de 2022, especificamente o direcionamento de operações policiais para dificultar o fluxo de eleitores da região Nordeste, onde o PT apresentou vantagem eleitoral. A PGR afirma que houve o descumprimento deliberado de decisões do TSE.
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