Austrália homenageia vítimas de Bondi Beach com minuto de silêncio e velas. Ataque chocou nação; suspeito, Naveed, enfrenta acusações de terrorismo.
Em um domingo (21), a Austrália observou um minuto de silêncio e acendeu velas em memória das 15 vítimas do ataque armado em Bondi Beach. O evento ocorreu uma semana após dois homens abrirem fogo durante a celebração judaica de Hanukkah, um local turístico emblemático da vida australiana, repleto de famílias em um dia ensolarado.
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O ataque, um dos mais mortais em quase três décadas no país, chocou a nação.
Sajid Akram, de 50 anos, foi morto pela polícia durante o confronto, enquanto Naveed, de 24 anos, que sobreviveu e permanece sob custódia policial, enfrenta acusações que incluem terrorismo e 15 assassinatos. As autoridades indicam que os perpetradores agiram “motivados pela ideologia” do grupo terrorista (EI).
O ataque desencadeou uma reflexão nacional sobre o antissemitismo, a indignação com a proteção dos judeus australianos e promessas de endurecer as leis e sanções contra o ódio, extremistas e a posse de armas. O primeiro-ministro, Albanese, participou de uma vigília na praia de Bondi, usando uma quipá judaica tradicional, sem fazer um discurso durante a cerimônia.
O governo australiano ordenou uma revisão dos serviços de polícia e inteligência para determinar se eles possuem as condições adequadas “para manter os australianos seguros” após o ataque em Bondi Beach. Além disso, foram anunciadas medidas mais rigorosas para regular a posse de armas e os discursos de ódio, prometendo leis federais mais severas e punições mais severas.
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Em meio ao terror, surgiram histórias de coragem e altruísmo. Banhistas desarmados enfrentaram os agressores fortemente armados, protegendo familiares, amigos e desconhecidos, ou desafiando os disparos para socorrer feridos. Ahmed al Ahmed, comerciante sírio que se mudou para a Austrália há quase uma década, foi elogiado após um vídeo mostrar seu ato de proteger-se abaixando-se entre carros antes de tentar desarmar um dos atiradores, sendo atingido por vários disparos no ombro.
A comunidade australiana expressou preocupação com o aumento das vendas online de armas e a posse privada, questionando a eficácia das legislações existentes. Muitos australianos defenderam medidas mais rigorosas para garantir a segurança da população.
Allan McRae, aposentado de 75 anos, pediu o endurecimento das leis sobre armas, argumentando que “se mais pessoas tivessem menos acesso às armas, a possibilidade de isso acontecer teria sido menor”.
Com informações da AFP
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