Silas Malafaia critica Alexandre de Moraes após ser admitido em investigação da PF
Pastor será investigado por atos contra autoridades e por interferência na ação penal do processo do impeachment.

Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) e apoiador de Jair Bolsonaro (PL), utilizou as redes sociais para criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, devido à inclusão em inquérito da Polícia Federal (PF). O inquérito investiga, além do ex-presidente, seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista e neto do ex-presidente João Figueiredo, Paulo Figueiredo, por ações contra autoridades, agentes públicos e por articular sanções internacionais contra o Brasil.
No vídeo publicado na rede X, Malafaia chama Moraes de “ditador de toga”, acusando-o de “instituir o crime de opinião” no Brasil. “Eu não vou me calar porque eu não tenho medo de vocês, muito pelo contrário”, diz o pastor no vídeo.
“Desejam silenciar os opositores”, afirma Malafaia. “É isso que Alexandre de Moraes tem feito nesses quatro anos, nesse inquérito que é uma farsa”, completou, agregando que a PF promove uma perseguição contra ele.
Em tom inflamado, o pastor declara que a maior parte da mídia esconde os atos de Moraes, e ameaça “botar para quebrar”. “É uma vergonha o que estamos assistindo. E prepare-se porque eu vou botar para quebrar. Vocês não me calam. Não tenho medo de prisão e não tenho medo de investigação política de pura perseguição”, afirmou o líder religioso.
A investigação
Segundo Moraes, as ações dos quatro investigados visavam prejudicar o andamento da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado, na qual Bolsonaro é réu, e que avança em direção à sua conclusão nas próximas semanas. Desta forma, Malafaia passa a ser investigado, juntamente com Figueiredo, Bolsonaro e seu filho, pelos crimes de desvio no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
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Silas Malafaia coordenou o evento em solidariedade a Jair Bolsonaro, ocorrido em 3 de agosto, que resultou na prisão domiciliar do ex-presidente no dia seguinte, devido ao descumprimento das medidas protetivas determinadas. Na ocasião, Bolsonaro divulgou um vídeo, compartilhado nas redes sociais, direcionado aos seus seguidores.
Fonte por: Brasil de Fato