Controladores de tráfego aéreo sem receber durante paralisação do governo de 27 dias. Leia no Poder360.
A Administração Federal de Aviação (FAA) registrou mais de 2.700 voos atrasados em todo o território americano na segunda-feira, 27 de outubro de 2025, em um cenário de paralisação governamental que atingiu o 27º dia consecutivo. A situação é agravada pelo aumento de atrasos e pela falta de controladores de tráfego aéreo, com cerca de 13.000 funcionários e 50.000 agentes da Administração de Segurança dos Transportes trabalhando sem remuneração.
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O pagamento do primeiro salário integral, programado para a terça-feira, 28 de outubro, ainda não foi realizado. A crise se intensifica devido à escassez preexistente de controladores de tráfego aéreo, estimada em aproximadamente 3.500, antes mesmo da paralisação.
Os atrasos e cancelamentos de voos aumentam, com muitos controladores pedindo licença médica ou não comparecendo devido à falta de pagamento e à pressão da situação. A menor capacidade operacional, causada pela redução do pessoal nas torres de controle e nos pontos de segurança, diminui a eficiência das operações.
Atrasos em cadeia são comuns, com longas esperas para decolagem, pouso e inspeção, ampliando os atrasos em todo o país. Em outubro de 2025, a FAA impôs atrasos em solo em Los Angeles, com média de 25 minutos por voo, devido à escassez de pessoal nos aeroportos de Newark e no sudeste dos EUA.
A paralisação se deve a disputas políticas entre o governo federal e o Congresso, particularmente sobre o orçamento. Os republicanos defendem cortes mais profundos em programas sociais e redução de gastos federais, argumentando que o déficit do governo está em trajetória insustentável.
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Os democratas, por outro lado, defendem a manutenção de investimentos em saúde, educação e infraestrutura, alertando que os cortes propostos prejudicariam milhões de famílias norte-americanas. Sem consenso, nenhuma das propostas avança.
A paralisação tem implicações econômicas e financeiras, como o aumento da volatilidade de ações, juros e câmbio nos mercados financeiros. Também provoca a busca por ativos de refúgio, como Treasuries e ouro, e pune setores dependentes de contratos ou aprovações do governo.
A gravidade potencial aumenta se a paralisação se prolongar, com a ameaça de demissões em massa. O shutdown mais longo da história dos EUA, ocorrido de dezembro de 2018 a janeiro de 2019, durante o primeiro governo de Donald Trump, reduziu o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano em cerca de 0,1 ponto percentual no trimestre afetado.
A situação atual representa a paralisação mais longa da história dos EUA, com consequências que se estendem além do setor aéreo. A falta de serviços públicos e regulatórios, a suspensão de contratos governamentais e a percepção de risco político contribuem para a instabilidade.
A complexidade das negociações políticas e a divergência de visões sobre o orçamento dificultam a resolução do impasse. A incerteza sobre o fim da paralisação e a falta de medidas emergenciais para mitigar os impactos no sistema de transporte aéreo geram preocupação.
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