O senador do PT-SE, atuando como relator da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que propõe a jornada de trabalho de 6×1, defendeu que o governo priorize a tramitação da proposta. A discussão ocorreu na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em 10 de dezembro de 2025.

A PEC, com autoria de diversos congressistas, enfrenta um cenário diferente do que ocorre normalmente com projetos apresentados na Câmara dos Deputados. A proposta da deputada do Psol-SP, que também tramita, não avançou significativamente.

Segundo o líder do PT no Senado, Carvalho, a questão central reside na natureza da proposta, independentemente de seu ponto de origem. “Não importa de onde os projetos começam, o que importa é a natureza deles, o mérito”, declarou Carvalho a jornalistas.

O relator mencionou que a PEC da deputada Hilton, que está parada na Câmara, inicialmente reduz a carga horária de 44 para 40 horas. A PEC aprovada hoje, no entanto, estabelece uma redução para 36 horas, com implementação em um período de 5 anos a partir do ano subsequente à provocação.

A redução de 4 horas será aplicada no primeiro ano, seguida por uma diminuição de 1 hora por ano nos quatro anos seguintes. O objetivo é ajustar a jornada de trabalho gradualmente.

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Carvalho expressou a expectativa de que a tramitação da PEC não seja simples, apesar da aprovação na Comissão de Constituição e Justiça. Ele informou que ainda não há acordos firmados com outros senadores sobre a forma de análise do texto, que deve ser discutido no primeiro semestre de 2026.

O relator ressaltou que a proposta possui um forte apelo popular e o interesse do governo do presidente (PT). Ele acredita que a aprovação da PEC em um ano eleitoral seria um incentivo adicional. “Eu gostaria muito que essa motivação trouxesse algum benefício para os trabalhadores.

Gostaria muito que as pessoas se sensibilizassem no ano eleitoral”, completou.

Esta reportagem foi produzida pelo estagiário de jornalismo Davi Alencar, sob a supervisão do editor-assistente Lucas Fantinatti.