Senador do PL-RJ, Romário, se licencia do Senado a partir de dezembro, retornando em abril. Bonetti assume cadeira até lá, em disputa estratégica no Senado
O senador da República (PL-RJ) comunicou, nesta quinta-feira (11 de dezembro de 2025), que se licenciará do cargo a partir da próxima semana. A previsão é de que retorne à Câmara Alta apenas em abril.
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Segundo o congressista, o afastamento foi previamente combinado com o PL, seu partido, para que o suplente Bruno Bonetti (PL-RJ) também pudesse representar o Rio de Janeiro no Senado. Com esta decisão, Bonetti ocupará um assento no Senado por três meses e meio.
Durante esse período, Romário estará no Rio de Janeiro, “ouvindo as pessoas, visitando cidades e fortalecendo o trabalho que realizo pelo meu estado”, disse o senador, em nota.
“A licença é apenas uma pausa na rotina em Brasília, não no meu compromisso com o Rio de Janeiro e com o Brasil”, afirmou.
Conhecido articulador político em Brasília, Bonetti é ex-administrador do Núcleo Bandeirante, região administrativa do DF. Também comandou a Rioluz, empresa de iluminação pública da cidade do Rio de Janeiro, de janeiro de 2020 a setembro de 2021, durante o governo do prefeito Eduardo Paes, à época filiado ao DEM.
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A chegada de Bonetti ao Senado coincide com a de seletiva renovação de forças no plenário. Dois terços da Casa serão renovados no próximo ano.
O controle da Casa Alta tornou-se prioridade tanto do presidente (PT) quanto do entorno do ex-presidente (PL), que enxergam na maioria legislativa um instrumento decisivo para influenciar não apenas a governabilidade, mas também a relação com o STF (Supremo Tribunal Federal).
O Senado concentra atribuições exclusivas que explicam a centralidade da disputa. Cabe ao presidente da Casa, por exemplo, autorizar e conduzir processos de impeachment contra ministros do Supremo.
O número de ouro tanto para a esquerda quanto para a direita é 41 –a maioria necessária para controlar a pauta e viabilizar as prerrogativas.
A eleição favorece a oposição. Dos 27 senadores que permanecem com mandato até 2031, 17 têm ligação com a direita e apenas 7 com o governo.
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