Senado dos EUA rejeita medida que limitava ações militares contra Venezuela. A votação foi 51×49. Medida buscava evitar conflito com Maduro.
Na quinta-feira, 6 de novembro de 2025, o Senado dos Estados Unidos rejeitou uma proposta que exigiria a aprovação do Congresso antes que o presidente (Partido Republicano) pudesse ordenar ações militares contra a Venezuela. A votação final foi de 51 votos contra 49.
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A iniciativa representava a segunda tentativa em um mês para limitar a atuação do governo em operações contra embarcações suspeitas de envolvimento no tráfico de drogas na América Latina. Apenas dois congressistas republicanos se opuseram à posição do governo.
A medida buscava impedir futuras operações “dentro ou contra” a Venezuela, devido a receios de que ações contra grupos ligados ao narcotráfico pudessem escalar para um conflito militar direto com o país sul-americano. O senador Tim Kaine (Partido Democrata), autor da proposta, criticou a justificativa jurídica utilizada pelo governo, argumentando que se baseava em uma interpretação ampla dos poderes presidenciais, “que não tem apoio na Constituição” e seria “extremamente frágil” se aplicada à Venezuela.
Para tentar manter o apoio republicano, representantes do governo apresentaram aos senadores o embasamento legal das ações recentes. O senador Rand Paul (Partido Republicano) e Lisa Murkowski (Partido Republicano) voltaram a apoiar a iniciativa. O senador John Fetterman (Partido Democrata), que havia votado contra proposta similar no mês anterior, acompanhou seu partido nesta votação.
Republicanos que rejeitaram a resolução argumentaram que o governo tem autoridade legal para combater o tráfico de drogas e minimizaram a possibilidade de uma invasão ao território venezuelano. O ex-presidente Donald Trump recentemente expressou a possibilidade de ataques terrestres contra grupos ligados ao narcotráfico na Venezuela, autorizando operações secretas da CIA no país, com o envolvimento do porta-aviões USS Gerald R.
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Ford.
O senador Lindsey Graham (Partido Republicano) declarou que “a Venezuela, nas mãos do presidente Nicolás Maduro [Partido Socialista Unido Venezuelano], é uma ameaça existencial ao povo dos Estados Unidos”, defendendo que Trump teria autoridade para usar “o poder que desejar”. Maduro iniciou negociações com os Estados Unidos, buscando garantias de participação chavista em uma possível transição política e anistia para membros do governo.
Na quarta-feira, 5 de novembro, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o Brasil atua com “solidariedade regional” à Venezuela. Segundo ele, a posição brasileira segue a orientação do presidente (PT) de que a América do Sul deve ser tratada como “uma região de paz e cooperação”.
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