Senado dos EUA aprova lei de defesa de US$ 901 bilhões. Votação 77×20. Lei inclui pressão a Pete Hegseth por vídeos de ataques a embarcações na Venezuela
O Senado dos EUA aprovou na quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, a Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA), com um montante de US$ 901 bilhões. A votação teve 77 votos a favor e 20 votos contrários. A legislação representa um aumento salarial de 4% para os militares e inclui uma pressão direcionada ao secretário de Defesa, Pete Hegseth, para apresentar vídeos dos ataques a embarcações suspeitas de tráfico de drogas nas águas próximas à Venezuela.
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A Casa Branca indicou que o presidente Donald Trump (Partido Republicano) assinará a medida, apesar de algumas ressalvas em relação a certas disposições. O documento de mais de 3.000 páginas reflete tensões entre o Congresso e a administração Trump em relação à política externa.
A legislação direciona o governo em relação aos ataques a barcos no Pacífico e impõe limites à reorientação estratégica do governo, que busca deslocar o foco da Europa para a América Latina.
Uma cláusula bipartidária retém 25% do orçamento de viagens de Hegseth até que ele forneça aos comitês de Serviços Armados da Câmara e do Senado vídeos não editados dos ataques a barcos na Venezuela e as ordens que os autorizaram. O secretário ainda não definiu se disponibilizará o material ao público.
A legislação impede o Pentágono de reduzir o contingente na Europa abaixo de 76.000 militares por mais de 45 dias, exceto mediante consulta aos aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e certificação de que a retirada serve aos interesses americanos.
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Atualmente, de 80.000 a 100.000 militares dos EUA estão posicionados no continente europeu. Restrição similar mantém 28.500 tropas na Coreia do Sul.
O texto autoriza US$ 800 milhões para fabricação de armamentos destinados à Ucrânia – US$ 400 milhões em cada um dos próximos 2 anos. A provisão desafia os esforços de Trump de pressionar Kiev a negociar com Moscou.
O projeto extingue políticas de diversidade no Pentágono. Elimina escritórios, treinamentos e o cargo de diretor de diversidade, com economia estimada em US$ 40 milhões pelo comitê de Serviços Armados da Câmara.
O texto corta US$ 1,6 bilhão ao eliminar programas ligados às mudanças climáticas no Departamento de Defesa.
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