Secretário do Rio propõe estratégia inédita para combater crime organizado

Secretário do Rio propõe estratégia inédita para combater criminalidade. Plano “Retomada” busca desarticular fontes de financiamento do crime organizado

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(Imagem de reprodução da internet).

Em entrevista à Jovem Pan, o Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, apresentou uma nova estratégia para lidar com a criminalidade na cidade. Ele argumenta que a simples ocupação de territórios controlados pelo crime, utilizando forças policiais, não é uma solução eficaz.

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A nova abordagem, denominada “retomada”, propõe um plano abrangente que envolve a colaboração entre os governos municipal, estadual e federal, com o objetivo de interromper as fontes de financiamento das facções e restaurar a presença do Estado nas comunidades.

Eixos do Plano “Retomada”

O plano “retomada” se estrutura em cinco eixos principais: Segurança Pública e Justiça, Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Social e Infraestrutura, e Governança e Sustentabilidade. A integração entre os três níveis de governo é considerada fundamental para o sucesso da iniciativa, com a participação ativa da comunidade local.

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Foco na Criminalidade como Negócio

O Secretário enfatizou que a estratégia mudou o foco da ação. Em vez de se concentrar em indivíduos criminosos, que são facilmente substituídos, a prioridade é atacar o “negócio” do crime organizado. Ele observou que a criminalidade evoluiu, abrangendo atividades como a exploração de serviços básicos e a construção civil.

Exemplo: Lucros com Internet Pirata

O Secretário citou o exemplo da exploração de sinal de internet pirata nos complexos do Alemão e da Penha, que gera uma receita de aproximadamente R$ 14 milhões por mês para as facções. Essa informação ilustra a complexidade do problema e a necessidade de intervir nas fontes de financiamento.

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Desafios e Considerações Legais

O Secretário reconheceu que o Rio de Janeiro enfrenta uma “crise moral” de longa data, com a normalização do crime e sua integração a eventos culturais. Ele explicou que a legislação atual, de 2016, não permite classificar as facções como grupos terroristas, devido à falta de motivações ideológicas, políticas ou religiosas específicas.

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