Science elege crescimento de energias renováveis como avanço científico de 2025. Setor recebe prêmio pela primeira vez, após honrar vacina e bóson de Higgs.
A revista Science reconheceu o crescimento das energias renováveis como o avanço científico mais significativo de 2025. Esta é a primeira vez que o setor energético recebe o prêmio, que anteriormente honrou a vacina contra a COVID-19 em 2020 e a descoberta do bóson de Higgs em 2012.
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A publicação destaca uma mudança fundamental na sociedade, que historicamente dependeu de combustíveis fósseis.
Um relatório do think tank Ember, divulgado em outubro, revelou que as energias renováveis atingiram 34,3% da matriz energética global no primeiro semestre do ano, ultrapassando o carvão, que representou 33,1%. O crescimento das instalações solares foi notável, com um aumento de 64% nesse período.
A velocidade da instalação de energia solar aumentou significativamente. Em 2004, demorava um ano para instalar 1 gigawatt de capacidade solar. Atualmente, o dobro desse volume é instalado diariamente.
A queda nos preços das energias renováveis transformou-as em uma opção mais atraente e segura. A energia solar e eólica se tornaram as fontes mais econômicas em grande parte do mundo. A Agência Internacional de Energia projeta um crescimento de 4.600 gigawatts na capacidade renovável entre 2025 e 2030, um aumento duas vezes maior do que nos cinco anos anteriores.
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A China desempenha um papel crucial nessa transformação. O país é responsável por 80% da produção de células solares, 70% das turbinas eólicas e 70% das baterias de lítio globalmente. A produção em larga escala contribuiu para a redução de custos e impulsionou a demanda mundial.
O impacto das energias renováveis se estende por diversos países. No Paquistão, as importações de painéis solares chineses aumentaram cinco vezes entre 2022 e 2024. Na África do Sul e na Etiópia, a busca por alternativas energéticas acelerou a adoção das fontes renováveis.
A América Latina gerou 17% de sua eletricidade a partir de solar e eólica em 2024, com 16 países da região comprometidos a atingir 80% de energia renovável até 2030.
Apesar do progresso, desafios ainda existem. A China continua construindo usinas de carvão, enquanto os Estados Unidos implementam barreiras comerciais contra painéis chineses. A infraestrutura para armazenamento e distribuição de energia verde ainda está em desenvolvimento, necessitando de avanços para atender à crescente demanda.
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