O suor, antes visto como um incômodo, hoje representa um símbolo de status e bem-estar. A crescente busca por atividades físicas e práticas de saúde mental impulsionou a popularidade da sauna como um método eficaz de relaxamento e recuperação, ganhando destaque em todo o mundo, incluindo o Brasil.
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A tradição, originária da Finlândia, onde existem mais de 3 milhões de estabelecimentos de sauna, é tão valorizada que foi reconhecida pela UNESCO como parte do Patrimônio Imaterial, devido às suas contribuições para a saúde e a cultura.
O mercado global de saunas projeta um crescimento significativo, com previsão de atingir US$ 151 milhões até 2029, acompanhado de um crescimento médio anual (CAGR) de 6,4%, conforme análises da consultoria Technavio. Esse avanço é impulsionado pelo aumento do interesse em cuidados com a saúde e pela diminuição do consumo de álcool em diversas regiões do mundo.
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A sauna se tornou comum em centros esportivos e também é adotada por pessoas que não praticam atividades físicas. A Cleveland Clinic, um importante centro médico acadêmico dos Estados Unidos, aponta diversos benefícios para a saúde e o bem-estar.
Entre eles, a melhora da função pulmonar, que ocorre devido à hidratação do trato respiratório e à aprimorada eliminação de mucos; a redução do estresse, proporcionada pelo ambiente calmo que alivia a ansiedade e melhora a qualidade do sono; a saúde cardiovascular, que é fortalecida pelo aumento da frequência cardíaca e da transpiração, auxiliando na manutenção da pressão arterial saudável e estimulando agentes anti-inflamatórios; e o alívio de dores musculares e crônicas, devido ao aumento do fluxo sanguíneo e à redução de espasmos musculares.
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Recomenda-se que o tempo de permanência na sauna varie entre 15 e 20 minutos, com períodos menores para iniciantes. No entanto, a prática não é recomendada para pessoas com pressão baixa, que sofreram um ataque cardíaco ou derrame recente, ou que consumiram álcool antes da sessão.
Gestantes, idosos acima de 65 anos e indivíduos com problemas cardiovasculares devem consultar um médico antes de iniciar a rotina.
Nos Estados Unidos, a sauna se tornou um espaço de reunião inovador. Em 2024, a Valo, empresa de serviços com inteligência artificial, realizou sua conferência anual dentro de uma sauna, uma iniciativa do CEO finlandês Jari Salomaa, que substituiu os tradicionais happy hours por encontros em trajes de banho e ambientes aquecidos.
Investidores classificaram a experiência como “revigorante”, e o executivo estabeleceu regras de etiqueta, como o uso obrigatório de trajes de banho e a manutenção da hidratação. O modelo foi adotado por outras empresas, como o espaço Othership em Nova York, que combina sauna e banheiras de gelo, tornando-se um ponto de encontro para empresários discutirem negócios em um ambiente mais leve.
