São Paulo: Desigualdade Climática Revela Riscos à Saúde em Favelas

Estudo aponta disparidades de temperatura em SP: Paraisópolis e Heliópolis registram mais de 45°C. Pesquisa do Cefavela revela diferenças de até 15°C em SP.

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(Imagem de reprodução da internet).

Um estudo inédito revelou as disparidades de temperatura entre diferentes regiões de São Paulo. Pesquisadores do Centro de Estudos da Favela (Cefavela), ligado à Universidade Federal do ABC, quantificaram as variações térmicas entre bairros de alta renda e favelas da capital.

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A pesquisa utilizou imagens de satélite para analisar as temperaturas.

Diferenças Significativas de Temperatura

O levantamento identificou diferenças de até 15°C entre áreas vizinhas. Em algumas regiões, as temperaturas ultrapassaram os 45°C, como em Paraisópolis e Heliópolis. O bairro do Capão Redondo apresentou as temperaturas mais elevadas, com quatro das dez favelas mais quentes localizadas ali.

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Medições de Superfície e Riscos à Saúde

As medições de temperatura referem-se à superfície – telhados, pavimentos e solo – o que pode ser mais elevado do que as leituras de estações meteorológicas tradicionais. A Organização Mundial da Saúde considera que temperaturas acima de 40°C representam um risco grave, especialmente para grupos vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com problemas de saúde.

Contexto Urbano e Desigualdade

São Paulo possui 1.359 favelas, representando aproximadamente 4% do território municipal, mas abrigando mais de 1,7 milhão de pessoas. A alta densidade populacional, a falta de áreas verdes e a configuração urbana contribuem para o aumento das temperaturas.

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A ausência de ventilação natural e a sobreposição de construções agravam o problema.

Impactos Socioeconômicos e Necessidade de Ação

O calor extremo impacta desproporcionalmente famílias de baixa renda, elevando o consumo de energia elétrica. A pesquisa destaca a necessidade de incorporar dados de temperatura de superfície em políticas públicas. A implementação de soluções como infraestrutura verde e áreas arborizadas são apontadas como medidas cruciais para mitigar os efeitos do calor.

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