São Paulo busca R$ 90 milhões em startups e investe R$ 11 milhões

SPFC investe R$ 11 milhões na área de inovação para transformar o dia a dia do clube e dos jogadores.

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(Imagem de reprodução da internet).

O São Paulo Futebol Clube ambiciona se tornar o clube mais inovador das Américas até 2030. Para alcançar essa meta, o clube planeja implementar um modelo de negócios inédito no futebol brasileiro, com potencial para gerar até R$ 90 milhões em novas receitas ao longo da década.

Criação do Inova.são Ventures

Em 21 de março, o clube anunciou a criação do Inova.são Ventures, uma plataforma de inovação que visa conectar o São Paulo com startups do setor de esportes, entretenimento e tecnologia. O objetivo é captar R$ 11 milhões até 2030, investindo em 50 startups.

José Guilherme Oliver, Head de Inovação do SPFC, afirmou que o clube busca não apenas modernizar suas operações, mas também se consolidar como um centro de inovação e geração de novas fontes de receita.

Funcionamento do Corporate Venture Builder

O Inova.são Ventures funcionará como um corporate venture builder (CVB), uma unidade de negócios responsável por incubar startups dentro da estrutura do clube. A equipe de inovação conta com o apoio das venture builders FCJ Group e Sportheca.

A Sportheca é especializada na construção de startups esportivas do zero, enquanto a FCJ Group auxilia na captação e desenvolvimento das empresas selecionadas.

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O clube busca startups com um MVP (mínimo produto viável) e algum faturamento, sem estabelecer um valor mínimo específico.

Há interesse em áreas como Inteligência Artificial, Realidade Aumentada, HealthTech e Smart Stadium (tecnologias para eventos em estádios), com abertura para startups que apresentem soluções para o ecossistema futebolístico.

Duração e Garantias do Projeto

O Inova.são Ventures tem duração de cinco anos. O SPFC já recebe um valor fixo pela implementação do CVB, assegurando a continuidade do projeto, independentemente de mudanças na gestão do clube.

Eduardo Alfano, Diretor de Relações Institucionais do SPFC, explica que o clube não investe financeiramente, mas obtém retorno através da infraestrutura e da marca associadas ao modelo, garantindo um retorno financeiro real e escalável.

Exemplos Internacionais e Aplicações

Outros clubes já adotaram o modelo de corporate venture building com sucesso. O FC Barcelona possui uma plataforma de inovação desde 2018 e, em 2024, lançou um braço de venture capital para investir em startups esportivas.

O Real Madrid lançou seu próprio programa de inovação aberta em 2020, e o Paris Saint-Germain lançou a aceleradora PSG Labs no início do ano.

Esses programas buscam investir em tecnologias que beneficiem os clubes, permitindo que as startups escalem e, eventualmente, sejam vendidas para outros clubes ou empresas, ou até mesmo aplicadas em outros setores. O FC Barcelona, por exemplo, desenvolve um banco de dados imunológico para atletas, utilizando inteligência artificial para otimizar treinos e prever lesões.

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