Santander Brasil enfrenta desafios com inadimplência; Ambipar e Braskem sob análise. CEO Mario Leão não comenta casos específicos, mas ajusta provisões para R$ 6,52 bi
O Santander Brasil (SANB11) enfrenta desafios com empresas que lidam com questões de inadimplência. A Ambipar (AMBP3) e a Braskem (BRKM5) são exemplos de empresas que, segundo análises, podem ter dificuldades financeiras com o banco. A situação também envolve a possível inadimplência de outras empresas, conforme apurado por O Globo e Folha de S.Paulo.
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O CEO do Santander, Mario Leão, afirmou que a instituição não comenta casos específicos. No entanto, o banco tem ajustado suas provisões para cobrir empréstimos em risco. As provisões para devedores duvidosos (PDD) diminuíram no terceiro trimestre de 2025, atingindo R$ 6,52 bilhões, em comparação com o ano anterior.
Gustavo Alejo, CFO do banco, explicou que o aumento inicial na PDD foi devido à antecipação de um efeito esperado para o ano. Ele ressaltou a necessidade de adotar as provisões de forma disciplinada e rigorosa, focando em nomes específicos de acordo com a necessidade.
Leão reconheceu que um cenário macroeconômico mais desafiador, com a Selic em 15% (o nível mais alto em duas décadas) e juros básicos de dois dígitos por cinco anos, aumenta os desafios para empresas mais alavancadas. Ele espera que o CDI médio seja mais baixo em 2026, com juros em 13% ao final do ano.
Leão observa sinais de desaceleração da economia brasileira, o que é desejado pelo Banco Central. Ele acredita que não estamos longe de um ciclo de corte de juros, possivelmente no primeiro trimestre de 2026. O CEO enfatiza a importância de manter o foco na redução da dívida em relação ao PIB.
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O Santander não tem viés para as eleições de 2026. Leão expressa o apoio à melhor pauta possível para o vencedor, com foco em gestão fiscal e equilíbrio de gastos. Ele ressalta a necessidade de estar preparado para a volatilidade do mercado.
A rentabilidade do banco, medida pelo ROE ou ROAE, atingiu 17,5% no terceiro trimestre. O Santander busca atingir a meta de 20% no curto e médio prazo, através de uma operação diversificada, saudável e exigente, com maior diversificação de receitas.
Leão não acredita em crescimento linear de todos os portfólios. O banco cresce em alguns negócios e reduz em outros, direcionando o crédito para a alta renda e pequenas e médias empresas. O CEO destaca o compromisso do Santander Brasil em ser uma empresa cada vez mais eficiente, através da otimização de processos, gestão de pessoas e estrutura física.
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