A partir de 1º de janeiro, o salário mínimo será de R$ 1.621, com o primeiro pagamento em fevereiro. Essa mudança injetará aproximadamente R$ 81,7 bilhões na economia, conforme projeções do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
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A estimativa considera os efeitos sobre a renda, o consumo e a arrecadação, levando em conta as restrições fiscais vigentes.
Abrangência do Novo Salário Mínimo
Segundo o Dieese, cerca de 61,9 milhões de brasileiros serão diretamente afetados pelo novo piso salarial. Dentre eles, 29,3 milhões são aposentados e pensionistas do INSS, 17,7 milhões são empregados e 10,7 milhões são trabalhadores autônomos.
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Também incluem-se 3,9 milhões de empregados domésticos e 383 mil empregadores.
Impactos no Orçamento Público
O aumento do salário mínimo impactará diretamente os benefícios e despesas indexados ao piso nacional, gerando reflexos significativos no orçamento público. Estima-se um aumento de R$ 39,1 bilhões nas despesas da Previdência Social em 2026. O custo adicional por cada real de aumento é de R$ 380,5 milhões, com 46% dos gastos previdenciários sendo impactados diretamente pelo reajuste. 70,8% dos beneficiários da Previdência recebem benefícios atrelados ao salário mínimo.
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Cálculo do Reajuste
O reajuste do salário mínimo segue uma metodologia que considera a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Para 2026, a inflação (4,18% acumulada de dezembro do ano passado a novembro deste ano) será totalmente considerada.
O crescimento do PIB, de 3,4%, será limitado a 2,5%, conforme o novo arcabouço fiscal.
Desafios e Considerações
O governo enfrentará o desafio de equilibrar os efeitos positivos do aumento do salário mínimo com o controle das despesas obrigatórias, em um cenário de busca pelo cumprimento das metas fiscais. A metodologia de cálculo do reajuste, considerando a inflação e o crescimento do PIB, determinará o valor final do novo salário mínimo.
