Safe On Orbit, startup brasileira, surge para monitorar o tráfego espacial e evitar colisões em órbita. Sistema COSMOS prevê riscos com antecedência.
Em 2025, o espaço se tornará um território de potencial significativo. Estima-se que mais de 10.000 satélites estarão ativos em órbita, com uma expectativa de triplicação até 2030. Essa crescente densidade espacial aumenta o risco de impactos, gerando potenciais perigos operacionais bilionários.
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Diante desse cenário, a Safe On Orbit, uma deep tech brasileira, surge como uma solução inovadora para monitorar o tráfego espacial e evitar colisões em órbita.
A startup desenvolveu um sistema de previsão de risco, chamado COSMOS, que orienta manobras preventivas para operadores de satélites. O sistema calcula o risco de impacto com até cinco dias de antecedência, cruzando dados atualizados de milhares de objetos em órbita.
A Safe On Orbit é a primeira startup da América do Sul a se tornar membro da International Astronautical Federation (IAF).
Por trás da Safe On Orbit está o engenheiro aeroespacial Luis Fellipe Alves de Oliveira. Formado pela Universidade de Brasília, trabalhou em áreas administrativas e financeiras antes de se dedicar ao universo das empresas espaciais. Seu interesse pelo setor foi despertado durante um estágio na Agência Espacial Brasileira (AEN), onde compreendeu a urgência de um gargalo técnico: a imprevisibilidade em ambientes orbitais.
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A Bossa Invest, maior gestora de venture capital da América Latina, acaba de investir 1 milhão de reais na startup. Segundo Farley Ramos, analista sênior da gestora, o valor é simbólico, demonstrando que com pouco capital é possível impulsionar um setor e criar soluções reais.
A Bossa Invest busca investir em negócios com propriedade intelectual forte, difíceis de copiar e com alta barreira técnica.
O investimento na Safe On Orbit acompanha a expansão do setor espacial no Brasil, com um orçamento público de cerca de 170 milhões de reais em 2024 e uma demanda privada por serviços espaciais que ultrapassa os 800 milhões de reais por ano. A startup busca posicionar o Brasil como referência internacional em sustentabilidade orbital, com uma tecnologia que pode ser embarcada em missões comerciais e públicas.
A Safe On Orbit atua na frente de Space Situational Awareness, uma área estratégica para a segurança e sustentabilidade orbital. A startup busca reduzir o risco de colisões, como a que destruiu o Iridium 33 e o Cosmos 2251, gerando milhares de detritos em alta velocidade.
O investimento representa uma virada de chave para o ecossistema espacial, acelerando a inovação e aproximando ciência e mercado.
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