Sabrine Matos cria Plinq: Plataforma que salva vidas com 35 mil usuárias

Sabrine Matos cria Plinq após caso Vanessa Riccardi. Plataforma verifica antecedentes criminais com nome, CPF ou telefone. Já tem 35 mil usuárias e busca evitar situações perigosas

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Plinq: Uma Plataforma que Busca Salvar Vidas

A curitibana Sabrine Matos não possuía formação em programação e não tinha um plano de negócios estruturado. No entanto, após acompanhar o trágico caso de Vanessa Riccardi, uma jornalista assassinada pelo ex-namorado no Mato Grosso do Sul, ela decidiu agir.

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Essa experiência inspirou a criação do Plinq, um site que permite a verificação de antecedentes criminais utilizando apenas o nome completo, CPF ou telefone de uma pessoa. Cinco meses após seu lançamento, a ferramenta já conta com mais de 35 mil usuárias.

Matos, juntamente com seu sócio Felipe Bahia, que também não possui formação técnica em tecnologia, lidera o projeto.

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O Nascimento de uma Ideia Inspirada em uma Tragédia

A ideia surgiu da indignação com a falta de informação que contribuiu para a morte de Vanessa Riccardi. Matos e Bahia, sem experiência em tecnologia, buscaram uma solução acessível e eficiente. Utilizaram a plataforma no-code da Descomplica, uma ferramenta que permite a criação de aplicativos e sites sem a necessidade de codificação. “Nosso objetivo era desenvolver algo funcional e rápido, e não necessariamente perfeito”, explica Matos. A Descomplica é uma empresa de IA que se destaca pelo rápido crescimento e atualmente vale US$ 1,8 bilhão.

Como Funciona a Plataforma Plinq

O Plinq não utiliza dados privados. A base de informações é extraída de fontes públicas, como tribunais e registros oficiais. A interface da plataforma é simples e intuitiva, permitindo que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento técnico, realize a verificação.

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Basta inserir o nome completo, telefone ou CPF da pessoa a ser consultada. Em poucos segundos, a plataforma informa a presença de processos criminais, mandados de prisão ou outras ocorrências, classificadas em um sistema de alertas (verde, amarelo e vermelho) para facilitar a visualização. “Se aparece um alerta vermelho, a usuária pode ficar em estado de alerta”, afirma Matos.

Cada busca equivale a um crédito, atualmente com um plano que custa R$ 97 por mês, oferecendo acesso ilimitado.

Casos Reais e o Futuro do Plinq

Matos estima que o Plinq já tenha ajudado a evitar mais de 200 situações perigosas. Em um caso, uma amiga prestes a sair com um homem da academia utilizou a plataforma e descobriu oito ocorrências contra ele, incluindo racismo, tráfico e violência doméstica.

Em outro caso, uma cliente descobriu que seu parceiro havia cometido crimes e cancelou o relacionamento. O próximo passo é o lançamento de um aplicativo móvel, previsto para fevereiro, que incluirá novos recursos, como verificação social, botão de emergência e check-in de segurança.

A inspiração para esses recursos veio de um caso real, em que uma mulher foi salva porque um amigo viu sua localização no aplicativo.

Investimento e Perspectivas

Matos também está preparando uma rodada pré-seed de R$ 1,5 milhão, com investidores de nomes relevantes no mercado de tecnologia. Inicialmente, a estratégia era focar em investidoras mulheres, mas foi adaptada. A startup projeta uma receita de R$ 2,2 milhões no primeiro ano, impulsionada por assinaturas individuais e, eventualmente, por vendas para empresas, como seguradoras e imobiliárias.

Apesar dos riscos jurídicos envolvidos na manipulação de informações sensíveis, Matos demonstra confiança. “Claro que pode ter processo, mas o direito à vida vem antes do direito à privacidade. Se a gente salvar uma mulher, já valeu.”

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