O nível do “volume útil” dos reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo apresentou uma leve diminuição nesta terça-feira, 23 de dezembro de 2025, atingindo 27%. Essa redução, que se soma a uma queda anterior, ocorre em um contexto de escassez hídrica na região.
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A situação é monitorada de perto pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Agesp), que implementou um plano de contingência para mitigar os impactos.
Plano de Contingência e Redução da Pressão da Água
O plano de contingência, lançado em 24 de outubro, visa ajustar a pressão da água na rede de abastecimento. A Sabesp, empresa de abastecimento privatizada em julho de 2025, tem adotado essa medida, reduzindo a pressão por 10 horas diárias. Essa redução será elevada para 12 horas caso o nível do Sistema Integrado Metropolitano (SIM) caia abaixo de 22,6%.
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Limites das Faixas de Contingência
As faixas de contingência não são fixas e são reavaliadas constantemente. Atualmente, o sistema está na Faixa 3, que implica uma redução de pressão por 10 horas. As faixas de contingência são definidas da seguinte forma:
- Faixa 1 (abaixo de 40,5%) – Revisão das transposições de bacia e reforço das campanhas de uso consciente da água.
- Faixa 2 (abaixo de 34,5%) – Redução da pressão na rede de abastecimento por 8 horas noturnas.
- Faixa 3 (abaixo de 28,5%) – Redução de pressão por 10 horas.
- Faixa 4 (abaixo de 22,5%) – Redução de pressão por 12 horas.
- Faixa 5 (abaixo de 16,5%) – Redução de pressão por 14 horas.
- Faixa 6 (abaixo de 6,5%) – Redução de pressão por 16 horas, instalação de bombas para captar o “volume morto” e ligações emergenciais em hospitais, clínicas de hemodiálise, presídios e postos de bombeiros.
- Faixa 7 (abaixo de -3,5%) – Rodízio no abastecimento.
A mudança de faixa, com o aumento do tempo de redução da pressão, só é acionada quando o nível se mantém abaixo do limite por 7 dias consecutivos. Para retornar a uma faixa anterior, com uma redução mais branda do tempo de redução da pressão, é necessário que o nível se mantenha acima do limite por 14 dias consecutivos.
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O “volume morto”, que fica abaixo do ponto de captação normal e de onde a água só pode ser retirada por bombeamento, é um fator crucial nessa dinâmica.
