Rússia retrata rejeição a plano de paz para Ucrânia. Kremlin diz que houve troca de avaliações com EUA sobre proposta de acordo
Após anunciar a ausência de consenso nas negociações com Washington, a Rússia modificou sua posição e negou ter formalmente recusado o plano de paz proposto pelos Estados Unidos para a Ucrânia. A declaração foi feita pelo porta-voz Dmitry Peskov, em um pronunciamento desta quarta-feira, 3, que classificou a proposta americana como parte de um processo “normal” de busca por acordos.
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Peskov enfatizou que houve apenas uma troca de avaliações, com alguns pontos sendo aceitos e outros descartados, e que o diálogo continua em andamento. A Rússia busca ativamente um caminho para a resolução do conflito, buscando um acordo que atenda aos interesses de todas as partes envolvidas.
O Kremlin admitiu anteriormente que o encontro de cinco horas não resultou em um entendimento comum. Yuri Ushakov, assessor de política internacional, declarou que Moscou considera algumas das propostas americanas “mais ou menos aceitáveis”, embora insuficientes para um acordo no momento.
Ele detalhou que a conversa abordou o tema central do conflito e quatro documentos adicionais apresentados por Witkoff.
Ambos os lados decidiram manter o conteúdo das discussões em sigilo. A questão territorial permanece um ponto de discórdia, com Moscou reiterando que a retirada das forças ucranistas de Donbass é uma condição indispensável para qualquer solução.
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Apesar dessa posição inflexível, Ushakov afirmou que as posições de Moscou e Washington não estão mais tão distantes quanto antes do sexto encontro entre Putin e Witkoff em 2023.
Segundo o Kremlin, Vladimir Putin avaliou alguns pontos do plano americano, mas apoiou a maior parte do material apresentado. O presidente russo também criticou a postura de países europeus, que ele considerou “destrutiva” no processo de negociação.
A retomada de qualquer agenda de diálogo entre Putin e o então presidente Donald Trump, após o cancelamento da cúpula de Budapeste, dependerá do progresso das atuais negociações.
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