A Rússia está planejando estabelecer uma usina nuclear na Lua, com o objetivo de sustentar seu programa espacial lunar e uma estação de pesquisa conjunta com a China. Essa iniciativa visa fortalecer a posição da Rússia na exploração espacial, que, nas últimas décadas, ficou atrás dos Estados Unidos e da China.
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A ambição russa surge em um contexto de crescente interesse global na exploração do único satélite natural da Terra.
O plano da Roscosmos, a corporação espacial estatal russa, prevê a construção de uma usina de energia lunar até 2036. A empresa nuclear estatal russa Rosatom e o Instituto Kurchatov, principal instituto de pesquisa nuclear da Rússia, participarão do projeto.
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A usina será fundamental para alimentar o programa lunar russo, incluindo rovers, um observatório e a infraestrutura da Estação Internacional de Pesquisa Lunar russo-chinesa.
Segundo a Roscosmos, o projeto representa um passo importante para a criação de uma estação científica lunar em funcionamento permanente e para a transição de missões únicas para um programa de exploração lunar de longo prazo. O chefe da Roscosmos, Dmitry Bakanov, mencionou em junho o objetivo de colocar uma usina nuclear na Lua e explorar Vênus, considerado o “planeta irmão” da Terra.
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A Lua, a 384.400 km da Terra, desempenha um papel crucial na estabilização do eixo de rotação da Terra, garantindo um clima mais estável e influenciando as marés. A corrida para a Lua se intensificou com os planos da NASA de instalar um reator nuclear até o primeiro trimestre de 2030, reconhecendo a necessidade de energia para sustentar a presença humana e futuras missões a Marte. A NASA e a Rússia buscam recursos lunares, como o hélio-3, um isótopo do hélio raro na Terra, e metais de terras raras, que poderiam ter aplicações em tecnologias avançadas.
