Rússia avalia mudar abordagem em negociações de paz após ataque com drones a Putin; Kiev nega envolvimento. Situação tensa e busca por garantias.
A Rússia comunicou, em 29 de maio, que poderia alterar sua abordagem nas negociações de paz com a Ucrânia, após acusar Kiev de realizar um ataque com drones contra uma residência associada a Vladimir Putin, ocorrido na região de Novgorod. Moscou considera este incidente um ponto de inflexão nas conversas, enquanto o governo ucraniano nega veementemente qualquer envolvimento.
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O Kremlin declarou que a confirmação da responsabilidade ucraniana poderia levar a uma revisão da posição russa nas tratativas de paz.
De Kiev, o presidente respondeu classificando a acusação como “mais uma mentira da Federação Russa”. Ele afirmou que a narrativa russa visa preparar o terreno para possíveis novos ataques, que poderiam ser direcionados à capital ucraniana ou a edifícios governamentais.
A interpretação ucraniana associa o ataque à residência presidencial a uma estratégia russa para justificar futuras escaladas militares.
O aumento da tensão ocorre em paralelo com declarações sobre o andamento das negociações de paz. O presidente americano recebeu Zelensky em Mar-a-Lago, na Flórida, e expressou que um novo acordo entre Rússia e Ucrânia está “95% concluído”.
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A Casa Branca informou que Trump teve um “telefonema positivo” com Putin, descrito como construtivo pela porta-voz Karoline Leavitt, enquanto Moscou ecoa a avaliação de avanços nas conversas.
Washington e Kiev discutem o desenho das garantias de segurança que sustentariam um eventual acordo de paz. A Rússia propôs um pacote com duração de 15 anos, enquanto Zelensky insiste em um compromisso de até 50 anos, buscando desestimular novas tentativas de tomada de território ucraniano pela força.
A obtenção dessas garantias é vista em Kiev como condição para o fim do conflito.
O plano de paz inclui um pacote de 20 pontos, negociado entre Washington e Kiev e ainda não aceito pela Rússia. O documento prevê a reafirmação da soberania ucraniana, um acordo de não agressão, cessar-fogo com monitoramento internacional e um programa de reconstrução econômica estimado em centenas de bilhões de dólares, além de medidas humanitárias como a troca de prisioneiros e a devolução de civis deportados.
A implementação deste plano tem impacto direto na política interna ucraniana.
Zelensky reforça que a lei marcial, em vigor desde o início da invasão russa em 2022, só será suspensa quando receber garantias formais de segurança dos aliados ocidentais. Ele afirma que o risco de novos ataques continua a ser um fator determinante na situação do país.
A obtenção de compromissos firmes de proteção por parte dos Estados Unidos, da Europa e da Rússia é vista como essencial para o fim real do conflito.
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