Senador Rubio critica política externa de Biden em entrevista à Fox News. Análise sobre ameaças globais, segurança americana e relações com Cuba e Irã.
A entrevista de Sean Hannity com o senador Rubio na Fox News transcendeu uma simples discussão sobre política externa. Foi um desabafo sobre verdades incômodas, um mapa geopolítico sem rodeios e um manifesto claro da doutrina que ele defende no cenário mundial.
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Rubio apresentou-se como um diplomata experiente, mas com uma visão pragmática e realista sobre os desafios que o mundo apresenta.
Inicialmente, Hannity tentou quebrar o gelo com o documentário “The Age of Disclosure”. Rubio rapidamente direcionou a conversa para a questão dos objetos voando em áreas militares restritas, sem identificação de origem. O principal risco, segundo ele, não reside em uma possível ameaça extraterrestre, mas sim nas capacidades que países como China, Rússia ou outros adversários poderiam estar desenvolvendo e testando, sem que os radares americanos detectassem.
Uma admissão crucial foi a vulnerabilidade da segurança americana, evidenciada pela necessidade de treinar forças armadas para combater ameaças com drones e balões, em vez de caças e mísseis tradicionais. A vulnerabilidade, mais do que o mistério em si, representava um alerta urgente.
Em seguida, Rubio abordou a crise dos afegãos que entraram nos EUA sem o devido processo de verificação. Ele enfatizou que o “vetting” perfeito é inatingível e que países sem documentação confiável tornam o processo praticamente inútil, pois a radicalização pode ocorrer mesmo após a entrada no país.
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O ponto final dessa análise foi a impossibilidade de admitir centenas de milhares de pessoas de todo o mundo sem assumir que uma parcela se voltaria contra o país. A visão da era Biden, na perspectiva de Rubio, foi irresponsável, e as consequências estão sendo sentidas.
No cerne da entrevista estava a definição da “doutrina Trump” no uso da força. Rubio argumentou que não se trata de isolacionismo ou de intervencionismo sem limites, mas de uma abordagem mais precisa e cirúrgica: identificar o interesse nacional, definir o objetivo exato e usar a força limitada para alcançá-lo, saindo da situação assim que o objetivo fosse atingido.
O exemplo perfeito, segundo ele, é o ataque às instalações nucleares do Irã, uma operação de 24 horas, com B-2s, bunker busters, alvo destruído e sem ocupação ou “guerra eterna”.
Rubio não poupou críticas a Maduro, descrevendo-o como um “operador do narcotráfico continental”. Ele lembrou o público de que há acusações formais nos EUA contra o regime venezuelano de tráfico internacional. Além disso, o chanceler expôs o fator subestimado pela imprensa latino-americana: Venezuela é hoje o principal ponto de apoio do Irã e do hemisfério ocidental, representando uma ameaça terrorista, tráfico e um Estado falido, tudo em um só lugar.
Rubio também questionou o uso de porta-aviões americanos na Europa, argumentando que isso é interpretado como compromisso, enquanto no Caribe, a mesma ação é vista como agressão. Para ele, se o lema é “America First”, o hemisfério ocidental deve ser o ponto de partida, não o rodapé do mapa.
O chanceler admitiu que “ninguém está ganhando” a guerra na Ucrânia. A Rússia perde milhares de soldados por semana, a Ucrânia resiste heroicamente, mas a devastação continua. O front não avança, a guerra virou desgaste, e a frase que resume a estratégia atual é: “O único líder capaz de falar com Zelensky e Putin ao mesmo tempo é Donald Trump”.
O objetivo americano não é um “cheque em branco” ou um sonho utópico, mas garantir que a Ucrânia não seja invadida novamente, assegurar sua soberania e permitir que o país prospere sem se tornar um “marionete”. Rubio afirmou que avanços foram feitos, não o suficiente para um acordo, mas o suficiente para provar que há um caminho possível, desde que as partes queiram.
A entrevista inteira é um retrato de um chanceler que não fala como burocrata. Ele fala como estrategista, como alguém que lê o mundo tal como ele é, não como diplomatas preferem imaginar. E deixa claro que a nova política externa americana não será guiada por ilusões, mas por força, precisão e objetivos mensuráveis.
O recado final de Rubio? O mundo mudou, e os EUA estão mudando com ele.
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