O falecimento de Ronald José Salvador, de 55 anos, após um acidente durante a prática de supino em uma academia de Olinda, Grande Recife, gerou preocupações sobre a segurança e a correta execução de exercícios de musculação considerados de alto risco.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O incidente ocorreu na segunda-feira (1) quando a barra de ferro, durante o exercício, escorregou de sua mão e atingiu a região do tórax do aluno.
Circunstâncias e Primeiros Socorros
Ronald José Salvador, que também exercia o cargo de presidente do Palácio dos Bonecos Gigantes de Olinda, foi prontamente socorrido pela equipe da academia e encaminhado ao hospital. Infelizmente, seu estado não permitiu a recuperação, e o óbito foi constatado na terça-feira (2).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Investigação e Possíveis Complicações
O caso, registrado como morte acidental, está sob análise para determinar se houve imperícia, imprudência ou negligência nas circunstâncias do ocorrido. A demora no óbito, um dia após o impacto, levanta a possibilidade de complicações decorrentes do trauma torácico.
Análise de um Especialista
Em vídeo publicado em seu canal no Youtube, o cirurgião geral Eric Rulli explica que, em casos de contusão pulmonar grave, o paciente pode sofrer microrrupturas de vasos e micro-necrose, o que aumenta o risco de infecções e pode levar à necessidade de intubação, caso a ventilação se torne insuficiente devido à dor ou à lesão.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
LEIA TAMBÉM!
Zona de Risco e Complicações Comuns
O tórax é uma área de extrema vulnerabilidade, pois abriga órgãos vitais como o coração, pulmões e grandes vasos. Lesões nessas estruturas podem ter consequências graves. De acordo com o especialista, a maioria das lesões traumáticas por impacto, como a causada pela barra de supino, geralmente recai sobre a Zona 2, que compreende a região do terceiro até o nono arco costal e é a área mais frequentemente acometida.
Técnica e Segurança no Supino
Imagens do acidente revelaram que Ronald José Salvador utilizava a técnica conhecida como “pegada aberta”. Especialistas em educação física alertam que a forma como o peso é segurado é crucial para a prevenção de acidentes durante o supino.
Na pegada aberta, o polegar apenas apoia a sustentação da barra, diferentemente da pegada fechada, onde o polegar contorna a barra. Independentemente da largura da pegada, é fundamental que o praticante mantenha o punho em neutro.
Profissionais da área destacam que o punho não deve estar serrado ou flexionado demais, pois essa posição pode comprometer a estabilidade e aumentar o risco de a barra escorregar. Além disso, o alinhamento do cotovelo é fundamental: ele deve ficar exatamente embaixo da barra durante a flexão.
