Com mais de 97% das urnas apuradas, o candidato do Partido Democrata Cristão (PDC), Rodrigo Paz, foi eleito presidente da Bolívia no domingo (19). O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do país classificou a tendência como irreversível.
Discurso Pós-Resultado
Após o anúncio do resultado, o novo presidente declarou que o foco é o país, e expressou gratidão ao seu rival, Jorge “Tuto” Quiroga, por reconhecer o resultado preliminar. Paz, com 58 anos, é filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora, além de ser atual senador.
Propostas de Governo
O candidato propõe um modelo de “capitalismo para todos” e define seu projeto político como de centro. Seu plano de governo inclui o congelamento de atividades de empresas estatais deficitárias e a suspensão de contratações governamentais. O objetivo é combater o déficit fiscal.
Desafios Econômicos
O novo presidente enfrentará a crise econômica do país, marcada pela queda na produção e exportação de gás natural. A escassez de dólares impacta o setor de combustíveis, importados em sua maioria, e a inflação. O mercado paralelo de câmbio também se intensificou, com a moeda norte-americana sendo negociada ao dobro da cotação oficial.
Plano Econômico e Créditos Internacionais
Rodrigo Paz afirmou que não buscará o Fundo Monetário Internacional (FMI) para obter bilhões de dólares, argumentando que isso não beneficiaria a população. Ele propõe o uso de US$ 3,5 bilhões em créditos já aprovados por fundos de cooperação internacional, juntamente com a unificação dos diferentes tipos de câmbio e a criação de bandas cambiais para a flutuação do dólar.
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Posicionamento no Mercosul
O presidente eleito defende o Mercosul, reconhecendo a importância das relações com países fronteiriços, especialmente o Brasil, que ele considera um “peso pesado” da vizinhança. Paz enfatiza a necessidade de gerar relações com os países vizinhos, considerando que as fronteiras são uma questão fundamental para a Bolívia.
Subsídios e Dinamização da Economia
Para solucionar a falta de combustível, Paz propõe a livre importação de combustíveis e a redução de subsídios sobre o insumo. Ele também quer iniciar um programa de crédito barato, redução de impostos e perdão tributário para estimular a economia formal, com o lema “capitalismo para todos”.