Megaoperação no Rio: Inquérito é suspenso após moradores removerem corpos da mata entre Alemão e Penha. Polícias Civil e Militar atuam na região.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro suspendeu o inquérito que investigava a remoção de corpos na mata entre os complexos do Alemão e da Penha, após a descoberta de moradores retirando os corpos da área. A decisão foi tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em uma mesma decisão.
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A ação ocorreu após uma operação realizada pela Polícia Civil e Militar.
No dia seguinte à operação, moradores retiraram dezenas de corpos da área de mata que separa os dois conjuntos de comunidades. A situação gerou uma investigação por possível fraude processual, com suspeitas de que indivíduos estariam removendo vestígios dos corpos.
O secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, declarou que seria aberta uma investigação por possível fraude processual, alegando que moradores estariam removendo roupas camufladas dos corpos. A Polícia Civil informou que, assim que a 22ª Delegacia de Polícia (Penha) tomou conhecimento da situação, foi instaurado um inquérito para apurar indícios do crime de fraude processual.
A corporação afirmou ainda que a apuração não é voltada contra familiares das vítimas, mas investiga supostas ordens de líderes de facções criminosas para ocultar possíveis vínculos dos mortos com a dinâmica local. O objetivo da investigação é identificar a extensão da atuação das facções na região.
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A megaoperação, batizada de Operação Contenção, realizada entre as polícias Civil e Militar nesta terça-feira, 28, foi considerada um marco na atuação das forças de segurança. O balanço da operação revelou um saldo de 121 mortos, 113 pessoas presas e mais de 90 fuzis apreendidos, conforme dados divulgados pelo governo do estado.
Os confrontos começaram após o cerco de forças de segurança às comunidades da Penha e do Alemão, áreas sob domínio do grupo Comando Vermelho. A ação desencadeou uma série de reações do tráfico, incluindo bloqueios em vias expressas e paralisações no sistema de transporte público.
Segundo o governo do Rio, o objetivo da operação foi conter a expansão territorial da facção. No entanto, organizações civis e moradores relataram denúncias de execuções, remoção de corpos e uso excessivo da força por parte dos policiais.
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