Pesquisa Revela Apoio Surpreendente à Classificação de Facções como Terroristas no Rio
Uma pesquisa recente divulgada na segunda-feira, 3 de novembro de 2025, pela Genial/Quaest, aponta para um apoio significativo entre os moradores do Rio de Janeiro à classificação de organizações criminosas como grupos terroristas. O levantamento, realizado após um evento trágico que resultou em 121 mortes, coletou dados de 1.500 entrevistas com indivíduos de 16 anos ou mais, conduzidas entre 30 e 31 de outubro.
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A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, tanto para cima quanto para baixo, com um nível de confiança de 95%. O documento completo da pesquisa está disponível em formato PDF (10 MB).
Resultados da Pesquisa: Apoio à Classificação e Penas
Os resultados da pesquisa mostram um claro apoio à medida. 72% dos entrevistados se declararam favoráveis à enquadramento de organizações do crime organizado como grupos terroristas, enquanto 23% se opuseram e 5% não souberam ou não responderam. Adicionalmente, a pesquisa revelou que 85% dos entrevistados apoiam o aumento das penas para indivíduos condenados por homicídio com a participação de organizações criminosas. Outros 24% expressaram apoio à facilitação do acesso a armas de fogo para aqueles envolvidos em atividades criminosas.
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Tendências Políticas e Opiniões
A pesquisa identificou padrões interessantes nas opiniões dos entrevistados com base em suas autodeclaradas orientações políticas. Os que se identificam como não bolsonaristas e de direita, apresentaram o maior nível de apoio à classificação de facções como terroristas, com 95%. Em segundo lugar, os que se dizem bolsonaristas responderam com 91% de apoio. As taxas de apoio diminuíram em ordem: independentes (74%), lulistas (49%), e esquerda não lulista (36%).
Percepções sobre a Estrutura do Crime
A pesquisa também abordou as percepções sobre a origem e o poder das facções criminosas. Um número expressivo de 82% dos entrevistados acredita que os líderes de facções influenciam a eleição de deputados, o que dificulta sua prisão. Ademais, 80% dos entrevistados apontaram os bairros ricos como a principal fonte de poder das facções, em oposição às favelas.
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