A Revolução Digital nos Pagamentos na América Latina
Em 2014, o dinheiro em espécie dominava o cenário de pagamentos na América Latina, representando 67% das transações em lojas físicas. No entanto, essa realidade mudou drasticamente. A ascensão dos QR codes, das plataformas mobile-first, como carteiras digitais e pagamentos instantâneos, transformou smartphones em verdadeiros meios de pagamento.
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Essa transformação continua em curso, com projeções de crescimento anual superior a 10% no volume de transações com pagamentos digitais até 2027, atingindo 300 bilhões de dólares na região.
Crescimento dos Pagamentos Digitais
No e-commerce, essa mudança é ainda mais evidente. Em 2022, pagamentos digitais representavam apenas 14% das transações online, mas, até 2030, a expectativa é que alcancem 66%. Em 2024, as carteiras digitais já lideraram os pagamentos no e-commerce da Argentina, superando os cartões de crédito, que detinham quase 55% das transações.
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Pilares do Ecossistema
O sucesso desse ecossistema de pagamentos digitais se baseia em quatro pilares interconectados: carteiras digitais, pagamentos instantâneos, QR Codes e wearables. As carteiras digitais, com mais de 64% da população da região utilizando internet móvel, são a espinha dorsal dessa revolução.
O Pix, no Brasil, e sistemas similares em outros países, impulsionam os pagamentos instantâneos, com o Pix já sendo utilizado por 87% da população adulta.
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Tecnologias Emergentes
Os QR Codes democratizam os pagamentos digitais, exigindo apenas um celular e internet. O Brasil lidera nesse segmento, com quase 30% das transações PIX iniciadas por QR Codes. Já os wearables, como smartwatches e anéis inteligentes, com chips NFC, oferecem transações por aproximação, sendo mais rápidos que smartphones.
O mercado de dispositivos de pagamento “vestíveis” deve atingir 9,8 milhões de dólares até 2028.
Infraestrutura e Abordagem “Digital First”
Com o avanço da internet móvel, aceitar pagamentos digitais deixou de ser um diferencial e se tornou uma necessidade para os negócios. A diversidade de preferências de pagamento na América Latina sempre representou um desafio técnico para os lojistas, exigindo múltiplas integrações específicas por país.
No entanto, essa situação impulsionou investimentos em infraestrutura e soluções mais integradas, facilitando a vida de quem vende e de quem compra. Essa transformação remodelou a forma como a região realiza transações, evoluindo a partir de uma resposta criativa a limitações de acesso bancário, e colocando a América Latina na linha de frente da inovação global em meios de pagamento.