Revista Popular Science destaca invenções aeroespaciais de 2025: Blue Ghost, RDRE e BepiColombo. Avanços em exploração lunar, aviação e estudo de Mercúrio.
A revista Popular Science destacou as principais invenções aeroespaciais de 2025 em sua retrospectiva tecnológica anual. A seleção abrangeu desde missões lunares comerciais até novos observatórios espaciais, além de soluções para a aviação que visam reduzir o consumo de combustível e as emissões.
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O ano foi marcado por avanços na ciência de dados no setor espacial, o crescimento da participação de empresas privadas e inovações discretas, porém eficientes, na engenharia aeronáutica. O resultado oferece um retrato do momento da indústria, onde telescópios e sondas expandem o conhecimento sobre o universo, enquanto motores e novos materiais buscam otimizar o desempenho e minimizar o impacto ambiental.
O Observatório Vera C. Rubin, financiado por instituições dos EUA, tem como objetivo mapear o céu noturno por 10 anos. A inovação reside na produção de um registro contínuo em formato de “timelapse”, capaz de captar eventos rápidos como supernovas e a passagem de objetos próximos à Terra.
Além do impacto científico, o observatório promove um novo modelo de pesquisa, ampliando o acesso aos dados e incentivando a colaboração entre universidades, estudantes e iniciativas de ciência cidadã, transformando a astronomia em uma atividade mais global e participativa.
Uma inovação menos óbvia, mas igualmente relevante, é a aplicação de micro-sulcos inspirados na pele de tubarão – riblets – na fuselagem do Boeing 787 da Japan Airlines. Esses riblets organizam o fluxo de ar, reduzindo turbulências e o arrasto aerodinâmico.
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O resultado é uma diminuição no consumo de combustível e nas emissões, sem alterar o design da aeronave ou seus motores. Essa solução simples tem potencial de impacto significativo quando aplicada em larga escala na aviação comercial.
O lançamento do módulo lunar Blue Ghost, da Firefly Aerospace, representou um marco na exploração da Lua em 2025. Considerado o primeiro pouso suave comercial no satélite natural, o feito simboliza uma mudança estrutural no setor, com empresas privadas assumindo um papel mais proeminente.
Além do pouso, o projeto demonstrou capacidade operacional e confiabilidade, abrindo caminho para missões científicas, tecnológicas e comerciais recorrentes na Lua.
A Venus Aerospace apresentou o motor de detonação rotativa (RDRE), uma tecnologia promissora que utiliza ondas de choque contínuas para impulsionar, em vez de motores de foguete convencionais. A proposta visa viabilizar voos em velocidades entre Mach 4 e Mach 6, encurtando drasticamente rotas intercontinentais.
Apesar da dependência de avanços técnicos e regulatórios, o RDRE representa um passo importante em direção a sistemas de propulsão com menor consumo energético.
A missão BepiColombo, conduzida em parceria pela JAXA e pela ESA, representa a iniciativa mais ambiciosa para estudar Mercúrio. Com dois orbitadores em operação conjunta, a missão mapeará a superfície, analisará a atmosfera tênue, estudará o campo magnético e investigará a estrutura interna do planeta.
O conhecimento adquirido sobre Mercúrio ajudará a compreender a formação de planetas rochosos, inclusive fora do Sistema Solar.
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