Renato Correia: Selic alta impede compra de imóveis por classe média

Renato Correia afirma que expansão de crédito imobiliário para classe média é dificultada pela Selic em 15%.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Novo Modelo de Financiamento Imobiliário Promete Aumentar a Oferta de Crédito para a Classe Média

Um novo modelo de financiamento imobiliário está sendo implementado com o objetivo de aumentar a oferta de crédito para a classe média. A iniciativa visa modernizar o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), liberando parte dos recursos que antes eram obrigatoriamente retidos no Banco Central para aumentar a oferta de financiamentos habitacionais. Essa mudança representa um pedido antigo do setor, liderado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Detalhes do Novo Modelo

A principal mudança reside no uso de 5% do depósito compulsório, que atualmente é utilizado para aumentar as reservas do Banco Central. Com essa alteração, serão injetados R$ 37 bilhões a mais no mercado de crédito imobiliário, superando o financiamento realizado no acumulado de 2025. O objetivo é atender, especialmente, famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil por mês, um segmento que historicamente tem sido pouco atendido pelas modalidades existentes.

Condições do Financiamento

As principais condições do novo modelo incluem um aumento do limite máximo do imóvel financiado para R$ 2,25 milhões, financiamento de até 80% do valor do imóvel (via Caixa), uma taxa de juros limitada a até 12% ao ano (incluindo tarifas e comissões) e a possibilidade de uso do FGTS para entrada, amortização ou quitação do financiamento. Essa combinação visa tornar o financiamento imobiliário mais atrativo e acessível para a classe média.

Meta de Financiamento e Transição

A meta é liberar até R$ 150 bilhões em novos financiamentos até 2027, com uma fase de transição que começa em 2025. O governo federal regulamenta um dinheiro que é privado, que é o da poupança. Há muito tempo há a preocupação com a caderneta de poupança, que tem sofrido vários saques pelos juros altos, já que há, atualmente, muitas alternativas mais rentáveis à poupança.

Impacto dos Juros Altos e Perspectivas

Para que o novo modelo seja eficaz, é fundamental que os juros sejam controlados, com um limite máximo de 10% ao ano. Além disso, os bancos devem aceitar limitar os juros a 12% ao ano, permitindo que utilizem o valor equivalente do financiamento livremente. Caso contrário, o modelo pode não atingir seu potencial máximo.

LEIA TAMBÉM!

Sair da versão mobile