Reino Unido inicia estudo para identificar o Alzheimer em estágios iniciais
A doença, que impacta de maneira irreversível milhões de indivíduos globalmente, é atualmente diagnosticada por meio de exames clínicos que revelam uma …

O Reino Unido lançou um ensaio clínico sobre exames de sangue para a detecção da doença de Alzheimer, anunciou uma equipe de pesquisadores nesta quarta-feira (10), com a esperança de possibilitar um diagnóstico mais precoce. Serão submetidas a essas análises de sangue 1.100 pessoas que apresentem sinais sugestivos de demência, em centros do NHS, o sistema público de saúde britânico, especializados em transtornos de memória.
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Os pesquisadores esperam conhecer os resultados do ensaio dentro de três anos. Esses exames poderiam “revolucionar” a maneira como o Alzheimer, a forma mais comum da demência, é diagnosticado, estima Jonathan Schott, professor de neurologia no University College London (UCL) e diretor médico da Alzheimer’s Research UK, que codirige o estudo.
A doença, que impacta de forma irreversível milhões de pessoas em todo o mundo, é atualmente diagnosticada por meio de exames clínicos que demonstram uma perda considerável de memória. Também existem exames por punção lombar ou uma técnica de imagem médica chamada tomografia por emissão de pósitrons (PET-scan), porém estes procedimentos são complexos e dispendiosos. Segundo Jonathan Schott, apenas 2% dos pacientes no Reino Unido se beneficiam desses dois exames. Um exame de sangue seria “muito mais acessível e menos caro”, destaca o professor.
Fiona Carragher, diretora de pesquisa da Alzheimer’s Society, lamenta que a demência seja frequentemente diagnosticada tardiamente, o que restringe o acesso a intervenções, tratamentos e a capacidade de planejar o futuro. A doença de Alzheimer se desenvolve através da formação de placas de proteínas chamadas amiloides no cérebro, que comprimem os neurônios e acabam destruindo-os, ou devido ao acúmulo de outras proteínas, chamadas Tau, dentro dos próprios neurônios.
O exame de sangue mais recente possibilita a medição de um marcador denominado p-tau217, que indica a existência das duas proteínas, e será utilizado em conjunto com os testes cognitivos. Se o estudo clínico for bem-sucedido, o exame de sangue poderá ser um componente-chave no diagnóstico da doença de Alzheimer.
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A pesquisa, que envolve um ensaio clínico com 1.100 participantes, visa desenvolver um método de diagnóstico mais rápido e acessível para a doença de Alzheimer. O exame de sangue, que mede o marcador p-tau217, representa um avanço significativo em relação aos métodos tradicionais, que são complexos, caros e pouco acessíveis. O estudo, liderado por Jonathan Schott, busca revolucionar o diagnóstico da demência, permitindo um diagnóstico precoce e, consequentemente, intervenções mais eficazes.
A detecção tardia da demência é um problema global, impactando milhões de pessoas em todo o mundo. A doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência, é caracterizada pela formação de placas de amiloides e acúmulo de proteínas Tau no cérebro, levando à destruição dos neurônios. O ensaio clínico, com foco no marcador p-tau217, representa uma esperança para um diagnóstico mais preciso e rápido, melhorando as chances de tratamento e acompanhamento da doença.
Fonte: AFP, publicado por Fernando Dias.
Fonte por: Jovem Pan