Regulamentação Brasileira Impulsiona o Mercado de Criptoativos
Nos últimos meses, o Brasil avançou significativamente na estruturação do seu mercado de criptoativos com a publicação das resoluções 519, 520 e 521. Essas normas definem o papel das Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (PSAVs), estabelecem como instituições financeiras podem operar com criptoativos e trazem diretrizes claras para temas cruciais como câmbio e operações transfronteiriças com stablecoins.
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Este movimento representa um marco regulatório que dialoga com o cenário global, oferecendo segurança, previsibilidade e enquadramento para o país.
A formalização das PSAVs, juntamente com a exigência de segregação de patrimônio e regras de controle, capital, compliance e monitoramento, impulsiona o setor para uma fase mais adulta. O Brasil passa a ter trilhos regulatórios que permitem conectar cripto com o sistema financeiro tradicional de forma nativa.
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Isso significa que corretoras operam com padrões equivalentes aos das instituições financeiras, reduzindo drasticamente riscos operacionais.
Impactos para o Investidor Individual
Para o investidor individual, a mudança se manifesta principalmente na segurança da experiência. O bitcoin continua sendo um ativo ao portador, a autocustódia persiste e o caráter de “dinheiro digital” permanece inalterado. A regulação cria regras de conduta e deveres de reporte para intermediários, visando evitar o uso irrestrito dessas ferramentas para finalidades ilícitas, como lavagem de dinheiro, fraudes ou financiamento ao terrorismo.
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A liberdade tecnológica permanece, coexistindo com mecanismos de proteção mínimos, algo positivo em qualquer mercado.
Transformação do Mercado
Para o mercado como um todo, a formalização representa o fim da adolescência. O Brasil passa a ter trilhos regulatórios que permitem conectar cripto com o sistema financeiro tradicional de forma nativa. Isso significa que corretoras operam com padrões equivalentes aos das instituições financeiras, reduzindo drasticamente riscos operacionais.
Perspectivas para 2026
Se 2023 e 2024 foram os anos da construção regulatória, 2025 marca o início da implementação. Em 2026, veremos o impacto mais profundo: bancos grandes entrando com produtos e serviços próprios (custódia, serviços de stablecoin, tokenização bancária etc…), empresas usando stablecoins para tesouraria, pagamentos globais e hedge cambial, agora com amparo regulatório, investidores institucionais entrando com mais força, dada a previsibilidade do arcabouço normativo e a integração real entre blockchain e o sistema financeiro tradicional.
