Qual policial foi assassinado a golpes em favela na região central de SP?

Caio Bruno, de 33 anos, faleceu após receber golpes na cabeça e ter o rosto mutilado após disparar contra William Moreira Mendes, em área rural.

03/09/2025 19:23

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Qual policial foi assassinado a golpes em favela na região central de SP?
(Imagem de reprodução da internet).

O policial civil morreu após ser agredido com pauladas, no final da noite de terça-feira (2), em uma viela da Favela do Gato, na região do Bom Retiro, em São Paulo. Caio Bruno, de 33 anos, ingressou na Polícia Civil em fevereiro de 2021. Ele trabalhava na 2ª Divisão de Investigação Sobre Entorpecentes (Dise) do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc). Quatro suspeitos de envolvimento no crime foram presos. A reportagem busca contato com as defesas dos suspeitos.

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Segundo colegas do departamento, Bruno era um policial reservado e raramente falava sobre sua vida pessoal. Ele deixou um filho de dois anos. Ao ser admitido na Polícia Civil paulista, Bruno publicou uma foto em frente à Academia de Polícia, com a legenda: “Dia Inesquecível”.

A fotografia foi utilizada pela Associação dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), que expressou “profundamente” sua tristeza com o falecimento do agente. “O Sipesp se solidariza com familiares, amigos e colegas de trabalho da vítima neste momento de dor e reafirma seu compromisso em acompanhar de perto o caso”, afirma o comunicado.

De acordo com a apuração inicial, o investigador foi morto com golpes na cabeça e teve o rosto desfigurado após disparar contra William Moreira Mendes, no interior da comunidade. Ele se encontrava sozinho no local e tentou arrombar a porta de um apartamento, provocando reação violenta dos moradores. Ao ser atacado por William, ele reagiu disparando com sua pistola Glock, atingindo o homem na perna direita. Outros moradores dominaram o policial e este foi brutalmente espancado. Relatos indicam que houve um linchamento.

William foi preso após dar entrada com ferimentos no Pronto-Socorro de Santana, na zona norte. Contra ele havia um mandado de prisão expedido pela Justiça por porte ilegal de arma de fogo e ameaça no contexto de violência doméstica.

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O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) instaurou inquérito para apurar a morte do investigador. Equipes do DHPP, do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) e do próprio Denarc realizaram diligências na região que possibilitaram a coleta de evidências e depoimentos indicando a autoria do crime.

Quatro indivíduos foram presos em flagrante e formalizados sob acusação de homicídio qualificado. “As investigações seguem para identificar outros possíveis participantes e elucidar todas as circunstâncias do ocorrido”, afirma a nota.

Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Fernando Dias

Fonte por: Jovem Pan

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