Putin propõe pausa em ataques da Rússia na Ucrânia em troca de eleições. Zelensky defende legitimidade do governo e nega eleições com lei marcial
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que a Rússia está disposta a considerar uma pausa temporária em seus ataques dentro do território ucraniano, caso Kiev realize eleições. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa anual de fim de ano, em 19 de dezembro.
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Putin enfatizou que a Rússia está preparada para garantir a segurança das eleições na Ucrânia, abstendo-se de realizar ataques dentro do país no dia da eleição.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem argumentado que o governo russo é ilegítimo. Putin concordou que o governo ucraniano precisa se legitimar, o que, segundo ele, é impossível sem a realização de eleições. Zelensky, por sua vez, tem enfatizado que a não permite eleições enquanto a lei marcial estiver em vigor, devido à invasão russa de 2012.
Para resolver as questões de concessões territoriais em um acordo de paz com a Rússia, Zelensky afirmou na semana anterior que o povo ucraniano teria que decidir se a Ucrânia cederia território à Rússia, seja por meio de eleições ou de um referendo.
A Rússia, por sua vez, busca que o Ocidente trate a Rússia com respeito, para que a Rússia possa parar de realizar “operações militares especiais”.
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Putin exigiu que o Ocidente trate a Rússia com respeito e cuide de seus interesses, evitando “enganos” como a expansão da OTAN para o leste. Ele também mencionou a sugestão de que a Ucrânia se retirasse de partes das regiões de Donetsk e Luhansk, conhecidas como Donbas, para criar uma “zona econômica livre”.
A Rússia ainda aspira a ocupar toda a região de Donbas.
Putin afirmou que a Rússia está pronta para trabalhar com o Reino Unido, a Europa e os EUA, mas em termos de igualdade e com respeito mútuo. Ele citou Helmut Kohl, o primeiro chanceler da Alemanha unificada, que na década de 1990 defendeu a integração da Rússia à ordem liderada pelo Ocidente após o colapso da União Soviética.
Putin concluiu que, se a Europa não se integrar à Rússia, a Europa desaparecerá gradualmente.
A situação permanece complexa, com a Rússia insistindo em suas demandas territoriais e o Ocidente buscando uma solução para o conflito. O futuro das negociações e a possibilidade de um acordo de paz permanecem incertos, dependendo da disposição de ambas as partes em fazer concessões.
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