União Europeia endurece com 19ª rodada de sanções contra Rússia. Biden cancela reunião na Hungria. Leia agora no Poder360.
O presidente russo, Vladimir Putin, minimizou na quinta-feira (23.out.2025) a pressão dos Estados Unidos para que a Rússia interrompa a guerra na Ucrânia. Ele declarou que não se deixaria influenciar pela decisão do presidente Donald Trump (Partido Republicano) de cancelar uma cúpula planejada em Budapeste, capital da Hungria, e de impor o que Trump chamou de “sanções tremendas” a duas das maiores empresas petrolíferas russas.
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Enquanto a economia russa se prepara para as sanções, Putin as descartou como inúteis e alertou que o “ato hostil contra a Rússia” estava prejudicando as relações entre os dois países, justamente quando elas começavam a se recuperar. As informações são do jornal The Washington Post.
“As novas sanções dos EUA são uma tentativa de pressionar a Rússia. Nenhum país que se preze age sob pressão. A Rússia é um país que se preza”, disse Putin a jornalistas russos na quinta-feira (23.out). As sanções, que impedem as gigantes petrolíferas russas Rosneft e Lukoil de acessarem os sistemas bancários norte-americanos, bloqueando-as essencialmente de operar em dólares, são “sérias para nós e terão certas consequências”.
“Mas elas não afetarão significativamente o nosso bem-estar econômico”, acrescentou. Putin também minimizou a decisão de Trump de adiar as conversas em Budapeste. Disse que foram adiadas, não canceladas. “Seria um erro abordar a cúpula em Budapeste sem preparação.
O diálogo é sempre melhor do que qualquer confronto, do que qualquer disputa, e especialmente do que a guerra”, afirmou o presidente russo. Foi Putin quem ordenou a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia em 2022.
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Putin ainda mencionou que a reunião foi proposta pelos norte-americanos. A porta ainda estava aberta para negociações, disse ele, mas Trump deve abandonar a pressão: “A Rússia e os EUA têm muitas áreas para cooperação se os países passarem da pressão para um diálogo sério sobre o futuro”.
Na quarta-feira (22.out), a Casa Branca anunciou medidas contra as grandes produtoras russas de petróleo para pressionar Moscou a encerrar a guerra com a Ucrânia. Isso levou a uma valorização superior a 5% do barril tipo brent, cotado a US$ 65,80.
Analistas disseram ao Washington Post que as sanções poderiam enfraquecer ainda mais a economia russa, já fragilizada, e dificultar sua capacidade de continuar financiando a guerra. A Rosneft e a Lukoil, responsáveis por cerca de 55% da produção de petróleo russa, são importantes contribuintes para o orçamento de guerra de Moscou.
O setor de petróleo e gás como um todo contribui com cerca de 25% da receita estatal.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Federação Russa, Maria Zakharova, classificou na quinta-feira as novas sanções como “totalmente contraproducentes”, insistindo que a Rússia desenvolveu uma “forte imunidade” às sanções ocidentais. “Se a atual administração norte-americana tentar, como as anteriores, coagir ou forçar a Rússia a agir contra seus interesses nacionais por meio de sanções injustificadas, o resultado será desastroso”, declarou.
A União Europeia, composta por 27 países, concordou em adotar o 19º pacote de sanções contra a Rússia direcionado ao setor de energia. Elas incluem uma proibição gradual das importações de gás natural liquefeito russo, a inclusão de mais navios da “frota fantasma” de Moscou na lista negra e a proibição de transações com a Rosneft e a Gazprom Neft, outra gigante do petróleo.
Segundo o Washington Post, na quarta-feira (22.out), Trump expressou sua frustração com Putin ao explicar sua mudança de postura: “Toda vez que falo com Vladimir, temos boas conversas, mas elas não levam a lugar nenhum, simplesmente não levam a lugar nenhum”.
Citando a “falta de compromisso sério de Putin com um processo de paz para acabar com a guerra na Ucrânia”, o Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções contra a Rosneft e a Lukoil.
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