Pesquisador Vitelio Brustolin diz que novo encontro em semanas não deve parar conflito na Ucrânia, pois objetivos russos permanecem sem atingir.
A expectativa de uma reunião entre Vladimir Putin e Donald Trump na Hungria, prevista para as próximas semanas, não deve levar a um acordo de cessar-fogo no conflito entre Rússia e Ucrânia, conforme avaliação do pesquisador Vitelio Brustolin, de Harvard e professor da UFF, durante o WW.
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Segundo o especialista, a falta de perspectivas de paz se deve principalmente ao fato de que Putin ainda não atingiu seus objetivos principais no conflito. Entre as metas russas estariam o controle da soberania ucraniana e a desmilitarização do país.
Enquanto isso, a Ucrânia segue em direção oposta aos intentos russos, desenvolvendo sua própria capacidade militar. O país está produzindo armamentos próprios, incluindo o míssil Flamingo, que possui alcance considerável. Embora a produção atual seja limitada, existe a possibilidade de ampliar a fabricação com apoio europeu.
O especialista ressalta que uma eventual interrupção do conflito no momento atual, como sugerido por Trump, poderia representar apenas uma pausa temporária antes de um conflito ainda maior no futuro. Essa avaliação é compartilhada por praticamente todos os países europeus, com exceção da Hungria, governada por Viktor Orbán.
A reunião, que ainda não tem data definida, ocorrerá em território húngaro e tem gerado preocupação entre analistas, que veem a possibilidade de Putin utilizar as negociações como estratégia para ganhar tempo e avançar em suas operações na Ucrânia.
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