Putin avalia plano EUA para encerrar guerra na Ucrânia; Rússia aguarda resposta de Kiev e Trump. Proposta de 28 pontos inclui concessões a Moscou.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta sexta-feira, 21 de novembro de 2025, que o plano apresentado pelos Estados Unidos para encerrar a guerra na Ucrânia pode servir como base para um eventual acordo de paz com Kiev. Durante uma reunião do Conselho de Segurança da Rússia, Putin afirmou acreditar que a iniciativa americana “pode ser usada como a base para uma resolução final e pacífica”.
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O líder russo expressou, no entanto, que o Kremlin ainda não tem discutido a proposta diretamente com o governo Trump.
Putin concedeu até 27 de novembro para que Kiev se manifeste sobre a proposta. Paralelamente, o republicano Donald Trump, em discurso na Casa Branca, indicou que a aprovação do plano seria inevitável, afirmando que “em algum momento ele terá que aceitar alguma coisa”.
O presidente ucraniano, em resposta, destacou que o país enfrenta um dos momentos mais desafiadores de sua história, citando a “pressão enorme” sobre a Ucrânia. Ele declarou a intenção de “trabalhar com calma” para analisar o plano com os Estados Unidos e aliados europeus, assegurando que Kiev agirá “de forma construtiva” nas negociações.
A proposta de 28 pontos, elaborada sem a participação de Kiev, inclui concessões significativas da Ucrânia. O documento reproduz muitas das exigências que Moscou apresentou ao longo da guerra. Jornais internacionais classificaram a iniciativa como “fortemente inclinada a favor de Putin”.
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Alguns dos pontos principais da proposta são: ceder as regiões de Donetsk e Luhansk à Rússia; reconhecimento internacional da Crimeia, anexada em 2014, como território russo; redução das forças militares ucranianas para no máximo 600 mil; proibição da entrada da Ucrânia na OTAN e do recebimento de tropas de coalizão da instituição; e a retirada do direito de Kiev de possuir armas de longo alcance.
A proposta americana prevê que a guerra seja paralisada nas linhas de frente atuais, com a Ucrânia perdendo cerca de 20% de seus territórios. A situação permanece complexa, com negociações em andamento entre as partes envolvidas.
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