Protestos em Camarões deixam 4 mortos após acusações de fraude eleitoral

Manifestantes criticam Paul Biya, reeleito pela 8ª vez, acusando-o de manipular resultados. Protestos exigem eleições limpas.

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(Imagem de reprodução da internet).

Ao menos quatro indivíduos perderam a vida em confrontos com forças de segurança durante protestos em Douala, a capital comercial de Camarões, no domingo (26.out.2025). Manifestantes ligados ao líder da oposição, Issa Tchiroma Bakary, mobilizaram-se para exigir a revisão dos resultados das eleições realizadas em 12 de outubro.

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Detenções e Uso de Gás Lacrimogêneo

O ministro da Administração Territorial, Paul Atanga Nji, informou que diversas pessoas foram presas em decorrência da participação em ataques planejados. Estima-se que cerca de 30 políticos associados a Tchiroma tenham sido detidos. A polícia utilizou gás lacrimogêneo como medida para dispersar os manifestantes.

Resultados Eleitorais e Contestações

Paul Biya, presidente de Camarões desde 1982, alcançou a reeleição para um 8º mandato, conforme divulgado pelo Conselho Constitucional nesta segunda-feira (27.out). Biya obteve 53,66% dos votos, contra 35,19% de Tchiroma. Com este novo mandato de 7 anos, o líder camaronês, com 92 anos, poderá permanecer no poder até os 100 anos.

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Alegações de Manipulação e Contestações Eleitorais

A oposição acusa Biya de manipular os resultados eleitorais para garantir sua permanência no poder. Issa Tchiroma Bakary reivindicou a vitória sobre o presidente e, na semana anterior, declarou ter conquistado as eleições, com uma apuração que apontava para 54,8% dos votos, em contraste com os 31,3% atribuídos a Biya.

As autoridades classificaram essas alegações como ilegais, ressaltando que somente o Conselho Oficial pode oficializar os resultados.

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Aumento das Tensões Políticas

A situação política em Camarões tem se intensificado com a crescente mobilização de apoiadores de Tchiroma, que reivindicam sua vitória nas eleições. Anteriormente, o ex-ministro do Emprego, que também já exerceu a função de porta-voz do governo de Biya, rompeu relações com o presidente neste ano e lançou sua candidatura, atraindo um número significativo de pessoas insatisfeitas com o governo atual.

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