Roubo ao Louvre: Promotora Detalha Perfis dos Suspeitos
A promotora Laure Beccuau declarou neste domingo (2) que o roubo ao Museu do Louvre pode ter sido obra de criminosos de baixa patente. Ela especificou que dois dos suspeitos detidos são um casal com filhos. A quadrilha de quatro homens invadiu o museu em plena luz do dia, roubando joias da coroa francesa, avaliadas em cerca de US$ 102 milhões (aproximadamente R$ 550 milhões), que permanecem desaparecidas.
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Os perfis dos suspeitos detidos não correspondem aos “geralmente associados aos mais altos escalões do crime organizado”, segundo Beccuau, que notou a existência de “perfis pouco conhecidos dentro do crime organizado que ascendem rapidamente a crimes extremamente graves”.
O roubo ocorreu quando dois assaltantes acessaram o Louvre por meio de um elevador de carga e utilizaram uma serra circular para forçar a abertura das vitrines.
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Inicialmente, duas pessoas foram presas na quarta-feira passada e formalmente indiciadas. Mais cinco foram presas nesta semana, mas três foram libertadas no sábado (1º) e duas foram indiciadas e mantidas sob custódia. Trata-se de um suspeito de 37 anos e sua companheira, uma mulher de 38 anos com quem ele tem filhos.
“Eles negaram qualquer envolvimento”, acrescentou Beccuau, informando que o homem se recusou a depor. O suspeito foi acusado de roubo organizado e associação criminosa, enquanto sua companheira foi acusada de cumplicidade em roubo organizado e associação criminosa.
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A mulher compareceu em lágrimas ao tribunal de Paris no sábado e expressou seu temor por seus filhos e por si mesma.
Ambos foram presos após vestígios de seu DNA terem sido encontrados no elevador de carga utilizado no roubo. Embora as amostras de DNA do homem sejam “significativas”, os investigadores temem que o DNA de sua companheira possa ter sido transferido por contato com uma pessoa ou objeto. “Tudo isso precisa ser investigado”, afirmou a promotora.
O suspeito possui antecedentes criminais, com 11 condenações anteriores, a maioria por furto. Ele esteve envolvido em outro roubo com um dos indivíduos detidos na quarta-feira (29), pelo qual ambos foram condenados em Paris em 2015.
Pelo menos um dos autores do roubo continua foragido e pode haver outros cúmplices que utilizaram “veículos de apoio”. As joias roubadas, incluindo uma tiara de pérolas que pertenceu à imperatriz Eugênia e um conjunto de colar e brincos de safira que pertenceu à rainha Maria Amélia, permanecem desaparecidas.
