A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre Crime Organizado ouviu, na terça-feira (25 de novembro de 2025), o promotor de justiça do Ministério Público de São Paulo, especialista reconhecido nacionalmente no combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
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O promotor criticou a falta de coordenação entre as forças de segurança do país, apontando-a como um obstáculo para resultados eficazes no combate às facções criminosas.
Expansão e Movimentação Financeira do PCC
Segundo o promotor, o PCC evoluiu para uma estrutura mafiosa, com atuação em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, além de 28 países. A organização movimenta anualmente entre US$ 1,2 bilhão e US$ 2 bilhões, infiltrando-se na economia formal e no sistema financeiro.
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Críticas à Estrutura Atual
O promotor de justiça ressaltou que o Brasil enfrenta uma incapacidade operacional, e não uma falta de leis, para combater o crime organizado. Ele defendeu investimentos na profissionalização de agentes e na criação de estruturas permanentes de cooperação, como forças-tarefa estáveis, em vez de ações pontuais.
Necessidade de Cooperação Institucional
O promotor destacou que operações bem-sucedidas, como as realizadas no estado de São Paulo, dependem da união entre o Ministério Público, polícias estaduais, Polícia Federal, Receita Federal e o sistema prisional. Ele enfatizou que a disputa institucional entre órgãos de investigação prejudica operações de grande escala.
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Revisão do Modelo de Progressão de Pena
O promotor criticou o atual modelo de progressão de pena, classificando-o como “fantasioso”. Ele defendeu que condenados por crimes ligados a facções permaneçam em regime fechado por mais tempo, e que o sistema progressivo brasileiro seja mal copiado de outros países.
Conclusão
O promotor de justiça concluiu que a situação no Brasil exige um recrudescimento das ações e ferramentas modernas para combater o crime organizado, mas, acima de tudo, a definição clara de quem executará essas tarefas.
