Professor HOC analisa: China ganha força na América Latina por falta de atenção EUA. Brasil busca diplomacia assertiva para equilibrar relações.
A crescente relação da América Latina com a China tem gerado discussões sobre a direção da diplomacia na região. O cientista político Heni Ozi Cukier, conhecido como Professor HOC, analisou essa dinâmica em uma participação no programa ‘WW Especial’ da CNN.
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Ele ressaltou que a ausência histórica dos Estados Unidos na região contribuiu para o aumento da influência chinesa.
O Professor HOC observou que a América Latina se tornou dependente da China, em parte devido à falta de atenção dos EUA à região. Ele explicou que, quando os EUA se envolvem, frequentemente consideram o continente como uma prioridade secundária, com exceção de momentos específicos.
Essa dinâmica criou um cenário onde a China ganhou espaço para fortalecer seus laços com a América Latina.
O cientista político enfatizou que essa dependência representa desafios, mas também abre oportunidades estratégicas para o Brasil. Ele defendeu que o país precisa de uma diplomacia habilidosa para equilibrar suas relações com a China, buscando ao mesmo tempo novas alianças que diversifiquem seus interesses econômicos e geopolíticos, exigindo uma ação mais assertiva.
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No entanto, essa oportunidade de reequilibrar a balança de poder não está isenta de obstáculos. O Professor HOC criticou as contradições no discurso de Washington sobre a região. Ele apontou que, apesar de afirmarem respeitar a soberania das nações, o documento de política externa americana apresenta passagens contraditórias, especialmente no que se refere à América Latina.
Ele destacou que, apesar do discurso oficial, a relação com os países da região tem sido marcada por intervenções e abordagens, por vezes, contraditórias, especialmente durante o governo de Donald Trump. A falta de clareza na política externa americana gerou instabilidade nas relações, com os países da região não sabendo exatamente o que esperar.
O cientista político sugeriu que o Brasil e outros países latino-americanos devem ser cautelosos ao lidar com as potências. Embora os Estados Unidos, por vezes, ofereçam uma alternativa aos laços estreitos com a China, o risco de intervenção externa deve ser monitorado constantemente.
A diplomacia estratégica, combinada com uma postura assertiva, será fundamental para garantir a autonomia em um cenário internacional competitivo.
A América Latina se tornou um campo de batalha para as grandes potências, com a competição entre China e Estados Unidos. O Brasil deve se posicionar de forma inteligente, aproveitando oportunidades, mas mantendo o controle sobre suas decisões externas.
A diplomacia será a chave para navegar nessas águas turbulentas, garantindo a autonomia e o desenvolvimento do país.
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