Grupo de republicanos critica participação na conferência, alegando legitimar políticas contra agenda de Trump. Leia no Poder360.
Procuradores-gerais de 17 estados dos EUA solicitaram na sexta-feira (24.out.2025) que a administração do presidente Donald Trump não envie representantes para a Conferência das Partes (COP30), que acontecerá em Belém (PA), a partir de 10 de novembro.
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Liderado por John McCuskey, procurador-geral da Virgínia Ocidental, o grupo argumenta que a participação dos EUA legitimaria políticas que contradizem a agenda do governo Trump.
De acordo com informações da Bloomberg, os procuradores enviaram o pedido na quinta-feira (23.out) aos secretários do Interior, Doug Burgum, e de Energia, Chris Wright, além do administrador da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Lee Zeldin.
O grupo afirma que comparecer ao evento da ONU seria inconsistente com as diretrizes da administração Trump. O governo Trump já iniciou o processo para retirar o país do Acordo de Paris de 2015 sobre mudanças climáticas.
Na carta, o grupo se opõe ao que denomina de “políticas anti-carvão, anti-gás e anti-petróleo que a COP promove”. Também alega que as políticas de energia renováveis se baseiam em teorias climáticas “contestadas”.
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Além da Virgínia Ocidental, o documento inclui assinaturas de procuradores do Texas, Louisiana, Wyoming, Alabama, Arkansas, Flórida, Geórgia, Idaho, Iowa, Kansas, Missouri, Montana, Nebraska, Oklahoma, Carolina do Sul e Dakota do Sul. Muitos desses estados são produtores de combustíveis fósseis.
McCuskey criticou as fontes de energia renovável, afirmando que energias limpas, como a solar e a eólica, são mais caras que as fontes tradicionais. No entanto, essa afirmação contrasta com dados da BloombergNEF divulgados em fevereiro, que indicam que novos parques solares e eólicos já apresentam custos de produção inferiores aos das termelétricas a carvão e gás na maior parte do mundo.
A Procuradoria-Geral da Virgínia Ocidental tem histórico de oposição a políticas ambientais. Em 2024, moveu processo contra a SEC (Comissão de Valores Mobiliários) por exigir que empresas públicas divulguem riscos relacionados ao clima.
O Estado também processou Nova York por sua legislação sobre responsabilidade climática e foi autor principal do caso “West Virginia v. EPA [Agência de Proteção Ambiental]”, no qual a Suprema Corte limitou os poderes da agência ambiental para regular emissões de gases do efeito estufa provenientes de usinas termelétricas.
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